Avaliação de polimorfismos gênicos da pentraxina 3 em indivíduos com artrite reumatóide e síndrome de Sjogren

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: MEDEIROS JÚNIOR, Rui
Orientador(a): GUEIROS, Luiz Alcino Monteiro
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Odontologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/34554
Resumo: A pentraxina 3 (PTX3) é uma proteína com importante papel nos processos imunes e inflamatório podendo atuar na fagocitose de microrganismos, modulação da expressão de citocinas e ativação do sistema complemento. Desta forma, o presente estudo objetivou avaliar dois polimorfismos da PTX3 (rs1840680 e rs2305619) em pacientes com artrite reumatóide (AR) e síndrome de Sjogren (SS). Tratou-se de um estudo transversal em que 266 pacientes foram alocados em 3 grupos distintos: portadores de AR (N=117), portadores de AR e SS (N=25) e grupo controle (N=124). Xerostomia, xeroftalmia, fluxo salivar em repouso, teste de Shirmer I, capacidade funcional (Health Assessment Questionnaire – HAQ) e atividade da artrite reumatóide (Disease Activity Score 28 – DAS 28), além da avaliação das frequencias genotípicas e alélicas foram analisados. Pacientes do grupo AR/SS apresentaram maior valor para o inventário de xerostomia (p<0.0001), menor taxa de fluxo salivar em repouso (p<0.0001), menor valor do teste de Shirmer I (p<0.0001), bem como maior número de articulações edemaciadas (p=0.041). As frequencias genotípicas do rs1840680 revelaram diferença estatisticamente significativa entre artrite reumatóide, independentemente da associação com a síndrome de Sjogren, e o grupo controle (p=0,008); bem como quando da comparação entre AR e AR/SS (p=0.04). Uma diferença na frequencia alélica foi observada entre os grupos AR e AR/SS para rs1840680 (p=0.025), mostrando que o alelo G pode aumentar a suceptibilidade para SS. A associação genotípica do polimorfismos rs1840680 com as características clínicas revelou uma maior frequencia do genótipo GA para xerostomia (p=0.045), xeroftalmia (p=0.006), indivíduos com AR (AR e AR/SS: p=0,008) bem como uma frequencia mais elevada de GG atrelada à síndrome de Sjogren (p=0.032). Em relação ao polimorfismo rs2305619, notou-se diferença estatística associada a uma maior frequencia do genótipo GA ligada a xeroftalmia (p=0.025). Conclui-se, portanto, que este estudo revelou associação positiva entre dois polimorfismos (rs1840680 e rs23056219) da PTX3 e doenças autoimunes como artrite reumatóide e síndrome de Sjogren.