Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
David Wenceslau, Leandro |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/4870
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Resumo: |
Objetiva-se, neste estudo, apontar possíveis contribuições da obra de Rudolf Steiner à integralidade na formação médica. A integralidade, como princípio do Sistema Único de Saúde, tem se apresentado como um importante eixo orientador de propostas de mudança na educação médica no Brasil. De difícil definição, tem-se optado por tomá-la como imagem objetivo , que remete a teorias e práticas que almejam superar um reducionismo biomédico na saúde, pautando na formação a inclusão e articulação de dimensões do humano como o psicológico, social, cultural e espiritual. Tomou-se como hipótese da presente pesquisa a possibilidade de racionalidades médicas alternativas e complementares contribuírem para a elaboração de orientações pedagógicas que visem superar os limites do reducionismo biomédico. Realizou-se um estudo de caso com a racionalidade médica medicina antroposófica. Rudolf Steiner foi fundador da antroposofia, uma abordagem da natureza e do ser humano, que reúne um método próprio de conhecimento amplamente inspirado nas obras científicas do poeta alemão Johann Wolfgang von Goethe. Nesta pesquisa, foi desenvolvido um estudo hermenêutico da obras de Steiner voltadas para a medicina, em conjunto com suas principais obras filosóficas. Foi elaborada uma síntese de suas críticas e indicações à medicina e à formação médica de seu tempo, tendo sido identificadas quatro proposições principais: uma crítica ao modelo de ciência materialista que pode ser ampliada a partir dos princípios da antroposofia e de uma fenomenologia de base goetheana; uma aplicação destes princípios fenomenológicos à compreensão do processo saúde-adoecimento; uma aplicação destes princípios à pesquisa de novos tratamentos; a proposta de um desenvolvimento moral indissociável do desenvolvimento técnico e científico. Em seguida, desenvolveu-se uma análise de como as posições de Steiner podem dialogar com desafios contemporâneos de um ensino médico pautado pela integralidade. Desta análise, apontaram-se oito contribuições: a problematização do papel do conhecimento científico hegemônico na formação médica; o desenvolvimento de novas formas de se fazer ciência em medicina; a integração de conhecimentos não-científicos à formação; o ensino fenomenológico de ciências biomédicas; a análise crítica das abordagens terapêuticas convencionais; a contribuição de outras racionalidades médicas à terapêutica; a integração entre formação científica e formação moral; o debate em torno de horizontes morais para a formação médica. A obra de Steiner, quando tomamos a educação médica também como processo de formação humana, apresentou-se como uma referência para o debate e o encontro de alternativas para difíceis questões deste campo, em especial, para as relações entre os seus fundamentos epistemológicos, éticos e morais |