Contribuições da gestão escolar democrática nas concepções de democracia e justiça de estudantes
Ano de defesa: | 2017 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Educacao |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/31812 |
Resumo: | A presente pesquisa teve por objetivo geral analisar as contribuições da gestão escolar na formação de concepções de democracia e justiça dos alunos, numa perspectiva de formação cidadã, e, mais especificamente: evidenciar práticas de gestão que caracterizam atenção à formação cidadã; identificar as concepções sobre democracia e justiça dos alunos e; analisar as diferentes influências da organização dos comportamentos para uma formação cidadã. Concebemos a Democracia Participativa, como ideal para a gestão escolar, na qual todos os segmentos participam nos diferentes momentos sobre as decisões que organizam a instituição, agindo de forma engajada e responsável. Levantamos a suposição de que esta abordagem requer da gestão escolar fundamentação com base em valores relativos a concepção de justiça comunitarista (WALZER, 2003), que respeita a cultura local e tem como objetivo o bem da coletividade, em oposição às perspectivas liberais e neoliberais de justiça. A pesquisa de abordagem qualitativa se configura como um estudo de caso em escola pública de Recife, tendo como procedimentos de coleta dos dados as observações e a realização de grupo focal. Os dados coletados foram tratados pela técnica da análise de conteúdo (BARDIN, 1977). Dentre os sujeitos, tomamos principalmente membros da gestão, docentes e estudantes do ensino médio. Os resultados demonstraram que a escola analisada desenvolve uma gestão baseada em princípios e valores democráticos, além de ser permeada por práticas voltadas à formação cidadã do estudante, tais como a abertura ao diálogo, responsabilidade com a comunidade e seus objetivos, preservação das normas da escola acordadas consensualmente e mediação de problemas por meio de planejamento e ações objetivas e democráticas, em que se inclui a preservação de mecanismos democratizadores. Estas exigem, no entanto, mediação de conflitos, naturais das experiências democráticas, nem sempre de fácil realização. Estes aspectos influenciam os estudantes a desenvolverem concepções de justiça que ora consideram princípios da perspectiva comunitarista, ora denotam princípios de cunho individualista, orientados por uma perspectiva liberal, especialmente quando estimulados a fazer escolhas. Concluímos que mesmo em uma Gestão Democrática Participativa, ocorrem conflitos e até injustiças na escola, mas a forma como a gestão se planeja e age para resolvê-los a torna justa e coerente com valores que defende, contribuindo para a formação dos estudantes a agirem como cidadãos. Por fim, compreendemos que também contribuímos na formação dos estudantes por meio da reflexão proporcionada via grupo focal, quando - por meio de estímulo específico - puderam analisar criticamente questões de justiça/injustiça e democracia/autoritarismo, amadurecendo e fortalecendo assim seus conceitos. |