Variação de volume sanguíneo na parede torácica e no pulmão durante manobras respiratórias em homens saudáveis: um método de avaliação com pletismografia optoeletrônica e tomografia de impedância elétrica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: PINTO, Cláudia Thais Pereira
Orientador(a): CAMPOS, Shirley Lima
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Fisioterapia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/32497
Resumo: Manobras respiratórias com aumento de volume pulmonar e esforço expiratório provocam repercussões hemodinâmicas aplicáveis à avaliação da integridade do sistema circulatório. Acreditamos que a partir das mudanças, decorrentes da execução de uma manobra respiratória padronizada, no volume na parede torácica (PT) detectada pela pletismografia optoeletrônica (POE) e na impedância pulmonar pela tomografia de impedância elétrica (TIE) seja possível identificar a variação de volume sanguíneo (ΔVb) tanto na PT (ΔVbPT ) como no pulmão. Na literatura pesquisada não foi encontrada descrição de um método de avaliação da ΔVb a partir do uso simultâneo da POE e TIE. O objetivo é propor um método de avaliação da ΔVbPT, caixa torácica (ΔVbCT), abdome (ΔVbAB) e de impedância pulmonar sanguínea (ΔZbL) global por meio da POE e TIE e verificar se há correlações entre estas variáveis e entre variação de impedância pulmonar durante a sístole (ΔZsys) com frequência cardíaca (FC) e capacidade inspiratória (CI) em homens saudáveis. Trata-se de um estudo metodológico, cujo método de avalição proposto consiste na execução da manobra padronizada: capacidade inspiratória (CI) seguida de pausa inspiratória (CIPI) e expiração forçada com a glote fechada (FECG) com sustentação do esforço por tempo ≥15 segundos e um platô na curva de fluxo/tempo, correspondendo a fluxo zero. Dezessete homens saudáveis realizaram entre 2 a 4 manobras, conforme tolerância, com intervalo de 2 minutos entre elas. Foram mensuradas entre os momentos FECG e CIPI as seguintes variáveis: (i) volume da PT e seus compartimentos: caixa torácica (CT), caixa torácica pulmonar e abdominal (CTp e CTa, respectivamente) e abdome (AB) pela POE para estimativa da ΔVb (ii) pressão esofágica com cateter esofágico (iii) fluxo de ar na boca com pneumotacógrafo, (iv) impedância pulmonar global para estimativa da ΔZbL e (v) ΔZsys e FC pela TIE. Foram analisados dados de sete homens (22 a 32 anos) com sobrepeso (25,8 ± 2,6 kg/m2); normotensos (PAS: 114 ± 5,5 mmHg; PAD: 78 ± 4,5 mmHg); função respiratória e força muscular respiratória preservadas. FECG promoveu redução do Vb na PT (-806,3 ± 146,5 mL, p < 0,001), CT (180,6 ± 158,1, p = 0,001) e AB (-625,6 ± 187,4, p < 0,001); redução da ΔZbL (-14,6 ± 11,0 AU, p < 0,001) e ΔZsys (-83,4 ± 97,2 x10-2 AU, p = 0,007). ΔZbL e ΔVbCT se correlacionaram (R = -0,68, p = 0,009; R2 = 0,47; p = 0,009), sendo o componente de ΔVbCTp que favoreceu esta correlação (R= -0,80; R2 = 0,66, p < 0,001). ΔZsys teve correlação com FC (R = -0,85, p < 0,001; R2= 0,72; p<0,001) e CI (R = 0,80, p = 0,006; R2 = 0,65, p < 0,0001). A manobra padronizada promoveu quedas de volume na CT e AB acompanhada de redução da impedância pulmonar total, sendo determinantes para estimativa da ΔVbPT e ΔZbL. O método de avaliação pode ser considerado válido diante de associações fortes e negativas entre ΔVbCT e ΔVbCTp com ΔZbL; ΔVS e ΔZsys com FC e uma relação quadrática forte entre CI e ΔZsys em homens saudáveis.