Identidade e exílio em terra estrangeira

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: Cordeiro Freire, Janaína
Orientador(a): Freire Prysthon, Ângela
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/3373
Resumo: Este trabalho investiga a representação das identidades culturais no filme de longa-metragem brasileiro Terra Estrangeira (1995). Para tal, adota o aporte teórico da crítica cultural contemporânea e elege como categorias centrais de análise os conceitos de identidade e exílio. Trata-se, portanto, de um estudo de caso com abordagem orientada por uma metodologia qualitativa. Com o objetivo de refletir sobre o modo como o filme retrata as identidades na contemporaneidade, foram traçadas duas linhas de análise: a primeira manteve o foco dirigido para a leitura da sintaxe da obra, contemplando aspectos determinantes para a construção da narrativa fílmica. A segunda ampliou a abordagem do tema e trouxe à tona questões essencialmente teóricas acerca, sobretudo, da validade epistemológica do conceito clássico de identidade. Ao longo do trabalho foi levantada a hipótese de que o filme traz um relato de identidades culturais que passam por um profundo colapso no contemporâneo. Localizadas em situação de exílio, as personagens articulam suas diferenças sem, no entanto, a proposição de um discurso uníssono, nostálgico e enaltecedor da matriz de onde partiram: a terra natal. Divorciados do referente da nação, formulam contranarrativas não inteiramente esvaziadas, todavia, de utopias. Sob essa ótica, concluiu-se que, embora seja identificada em Terra Estrangeira a representação de identidades estilhaçadas, há, subjacente a esse discurso, um projeto de país, um discreto desejo de transformação da matéria-prima do ressentimento em respeito, da prosa em poesia, do nãolugar em lugar. Da identidade em identidades