Efeitos dos exercícios terapêuticos domiciliares via teleconsulta em idosos com queixa de dor cervical frente à pandemia da covid-19

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: LIMA, Rayssa Coimbra Fernandes de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
UFPE
Brasil
Programa de Pos Graduacao em Gerontologia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/51884
Resumo: A dor crônica cervical é uma das desordens musculoesqueléticas mais comuns e nos idosos representa uma das causas mais importantes de incapacidade. Com o surgimento da COVID- 19 e seu distanciamento preconizado, exercícios domiciliares aplicados via teleconsulta poderia ser uma alternativa de tratamento para dor cervical nesta população. O objetivo é avaliar os efeitos na intensidade da dor e incapacidade de um programa de exercícios terapêuticos domiciliares via teleconsulta, fundamentados em exercícios de estabilização segmentar em idosos com queixa de dor crônica cervical durante o distanciamento social frente à pandemia da COVID-19. Ensaio clínico randomizado em dois grupos: intervenção (GI) e controle (GC) para 4 semanas de tratamento, 5x/semana com duração de 14 min. GC realizou meditação e alongamentos cervicais e o GI foi adicionado exercícios de estabilização segmentar. Os participantes foram avaliados no início, pós-tratamento e follow-up (um mês) usando: Questionário de atividade física (IPAQ); Escala Visual Analógica (EVA); Índice de Incapacidade Cervical (NDI); Escala de Depressão Geriátrica (GDS) e Catastrofização da dor (PCS). Os grupos foram comparados pela análise de covariância (ANCOVA) e o tamanho do efeito foi calculado usando Cohen d. A dor (EVA) final foi menor no GI (1,11; ±0,47) comparando com GC (3,65±0,50), com diferença significativa (p-valor 0,001) e tamanho de efeito grande (5,24). No follow-up também se manteve maior efeito do GI (0,85±0,44) em relação ao GC (2,64±0,47) p-valor 0,010 e tamanho de efeito grande (3,94). Sobre a incapacidade (NDI) no final a média no GI (7,70±2,39) foi menor em comparação ao GC (22,39±2,53) com diferença significante (p-valor:<0,001) e grande tamanho de efeito (5,98), no follow-up também, sendo a média no GI (7,35±2,15) em comparação ao GC (16,84±2,27), p- valor:0,005 e tamanho de efeito grande (4,30). Para sintomas depressivos (GDS), observou-se menos sintomas nos participantes do GI pós-tratamento (4,66) em comparação ao GC (4,91) e com tamanho de efeito médio (0,60), embora não tenha sido significativo (p-valor:0,684), no follow-up a média no GI (4,47) foi menor comparado ao GC (5,06), mas também não significativo (p-valor: 0,349). O GI apresentou um significativo maior efeito na redução da intensidade da dor e incapacidade cervical tanto no pós-tratamento quanto no follow-up quando comparado ao GC, realçando a viabilidade e eficácia dos exercícios terapêuticos domiciliares aplicados via teleconsulta em idosos com dor crônica cervical. Sobre os sintomas de depressão, apesar de não ter havido diferença estatisticamente significativa entre os grupos nos momentos de avaliação, ficou evidente a redução dos sintomas em ambos os grupos após a intervenção, destacando a importância do olhar multidimensional nos tratamentos de dor crônica cervical.