Por que nem todos desenvolvem cefaleia pós-punção dural (CPPD)? Um modelo experimental com dura-máter de cadáver

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: MOURA, Tiago Pacheco de
Orientador(a): VALENÇA, Marcelo Moraes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Ciencias Biologicas
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/25586
Resumo: August Karl Gustav Bier, pioneiro da anestesia espinhal, descreveu o primeiro caso de cefaleia pós-punção dural (CPPD) em 1898, após a realização de uma raquianestesia com cocaína. Bier atribuiu à cefaleia a excessiva perda de líquido cefalorraquidiano (LCR) pelo orifício de perfuração na dura-máter/aracnóide. Porém, nem todos os indivíduos que sofrem perfuração dural desenvolvem a CPPD. Em nossa metodologia, foram elaborados modelos em acrílico com tamanho de 71 cm e capacidade de volume total de 170 ml. Os fragmentos de dura-máter foram colocados em direção céfalo-caudal, preservando a orientação anatômica do tecido. Estes fragmentos foram puncionados com agulhas tipo Quincke (bisel cortante) 25 G, 26 G, 27G e 29G. Foi usado solução salina à 0,9%NaCl, o volume de líquido foi mantido o mesmo através de reposição do volume extravasado pelo orifício a cada 10 min, observou-se uma queda progressiva do gotejamento após a punção, o que mostra que a dura-máter, tem a propriedade de reduzir ou até encerrar o gotejamento de LCR após a punção dural.Houve significância quando comparada a evolução da perda de líquido entre os primeiros 10min em relação aos 50min (p=0,0461) e 60min (p=0,0281) finais. Também houve uma menor perda de líquido no sexo masculino quando comparado ao feminino. Esta pesquisa evidenciou a função da dura-máter em reduzir a perda de líquido, através do orifício de punção. Neste estudo confirmamos o maior vazamento de LCR nas mulheres do que nos homens.