Tratamento de efluente industrial oleoso por Cunninghamella bertholletiae

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: NASCIMENTO, Sarah Signe do
Orientador(a): GUSMÃO, Norma Buarque de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Biologia de Fungos
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/39907
Resumo: A capacidade de adaptação metabólica dos micro-organismos, especialmente os fungos a diferentes fontes de carbono e nitrogênio, são fatores essenciais para a sua sobrevivência. Nos processos biotecnológicos, na área ambiental, a capacidade fisiológica dos fungos em sintetizar enzimas e excretá-las ao meio facilita a remediação de ambientes poluídos. Neste trabalho foram utilizados 12 cepas fúngicas, entre elas, as pertencentes aos gêneros Rhizopus sp., Cunninghamella sp., Mucor., Lichtheimia sp., Trichoderma sp. e Penicillium sp. As cepas citadas foram testadas frente a dois tipos de efluentes industriais oleosos, provenientes da lavagem de bombonas com óleo de fritura, nas concentrações de 1, 3 e 5%, usando como critério de seleção à capacidade de crescimento dos fungos filamentosos nos efluentes. Das cepas testadas as que se destacaram com maior atividade lipolítica foi a Cunninghamella bertholletiae com 5,514 U/g, seguida por Rhizopus microsporus (URM 7652) com 5,376 U/g, C. echinulata (URM 7660) com 4,805 U/g e R. arrhizus (URM 7654) com 4,342 U/g. As análises das biomassas através da cromatografia apresentam a prevalência dos seguintes ácidos graxos: palmítico, linoléico e oléico, o que caracteriza a produção de biodiesel de origem microbiana. A cepa que se destacou como a maior produtora lipolítica, foi selecionada para ser testada em biorreatores e o líquido metabólico foi usado para análises de fitotoxicidade com sementes de Cucumis sativus. Para avaliação dos ácidos graxos na biomassa fúngica foram realizadas extrações de lipídios totais e quantificação dos ácidos graxos por cromatografia gasosa. A C. bertholletiae destacou-se entre as espécies testadas como a maior produtora lipolítica, sendo usada para o tratamento enzimático em biorreatores observou-se que os resultados estavam acima de 85% para DBO e 77% para DQO, com 91% para o Índice de Germinação no teste de fitotoxicidade, considerado não tóxico. Os resultados atendem as exigências dos órgãos ambientais e demonstram um grande potencial para uso industrial e na remediação de efluentes contaminados com óleo de fritura.