Avaliação da influência do estroma tumoral na progressão do carcinoma ductal in situ

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: SILVA, Geilza Carla de Lima
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
UFPE
Brasil
Programa de Pos Graduacao em Biologia Aplicada a Saude
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/32025
Resumo: O carcinoma ductal in situ (CDIS) é definido como uma proliferação neoplásica de células epiteliais confinadas ao sistema ductal-lobular. O fenótipo expresso por estes tumores não são provenientes apenas das características celulares malignas, sendo influenciado também pelo microambiente tumoral. Assim, busca-se incessantemente por biomarcadores no estroma que expliquem alguns padrões fenotípicos tumorais. Nesse contexto, destacam-se os carboidratos, visto que a glicosilação é a modificação pós-traducional mais abundante nas proteínas. Assim, esse trabalho tem por objetivo avaliar o padrão de carboidratos do estroma de carcinomas ductais in situ e suas possíveis relações com os dados clínico-patológicos. Para isso, foi realizada a caracterização dos pacientes do estudo (n=17) quanto aos dados clínicopatológicos, bem como a caracterização histológica do estroma de CDIS. Além disso, foi identificada a proporção tumor-estroma das amostras e o perfil de carboidratos do estroma através de histoquímica com lectinas WGA, PNA, SNA e MAL-II. Por fim, foram avaliadas as possíveis relações da expressão de carboidratos no estroma e as características clínicopatológicas do CDIS. Como resultados, observou-se que os pacientes analisados aparesentaram, em sua maioria, idade superior a 50 anos (70,59%), tumores de tamanho superior a 2cm (88,23%) e presença de lesões comedônicas (64,70%). Para a expressão de receptores hormonais, observou-se que os status positivo e negativo ocorreram em proporções similares. Na caracterização histológica, notou-se a integridade das barreiras mioepiteliais, concordando com o dignóstico de CDIS, além da presença de traços de desmoplasia e infiltrado inflamatório. Além disso, para a proporção tumor-estroma, observou-se maioria para Low-stromal area (52,94%) nos grupos representantes das lectinas SNA e WGA, bem como o High-stromal area para os grupos MAL-II (52,94%) e PNA (58,82%). Na análise de expressão dos carboidratos no estroma, observou-se maioria em positividade para os resíduos de Siaα2-3 (64,7%) e Galβ(1-3)-GalNac (64,70%) e maioria em negatividade para os resíduos de Siaα2-6 (58,82%) e GlcNAcβ(1-4)-GlcNAcβ1- (52,94%). Na análise estatística multivariada, verificou-se que não houve correlações (p < 0,05) entre a expressão dos carboidratos estudados e os dados clínico-patológicos explorados. Sendo assim, o perfil diferencial de carboidratos pode influenciar nas relações tumor-estroma, embora que, para resultados mais conclusivos, sejam necessários estudos comparativos para análise do estroma em tumores de fenótipo invasivo.