Práticas informacionais no contexto do comércio informal de tapioca da cidade do Recife – PE : um diagnóstico visando à inovação inclusiva

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: MEDEIROS, Felipe Gabriel Gomes de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
UFPE
Brasil
Programa de Pos Graduacao em Ciencia da Informacao
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/39522
Resumo: A temática desta pesquisa é a inovação inclusiva, a criação de conhecimento, produtos e serviços para promover subsistência sustentável, oportunidades e geração de renda às pessoas em estado de maior necessidade. Além disso, seu referencial teórico discorre sobre a relação estabelecida entre os conceitos de trabalho, informalidade, informação e inclusão social, e apresenta um breve histórico dos estudos sobre sujeitos informacionais. O estudo mapeia os recursos de informação e as interações com e entre esses recursos utilizados pelas pessoas que atuam no setor informal de produção e venda de tapioca da cidade do Recife – PE, na perspectiva de entender como essa comunidade desenvolve suas práticas de informação para inovar ou criar novos produtos ou serviços. Quanto aos seus objetivos, esta pesquisa é descritiva, e, quanto à abordagem do objeto, é qualitativa e quantitativa. A pesquisa insere-se no campo dos estudos de sujeitos informacionais da Ciência da Informação e sua coleta de dados foi realizada por mei o da aplicação de um questionário e de uma entrevista semiestruturada com nove tapioqueiras/os que atuam na cidade do Recife e a análise desses dados baseou-se na teoria dos horizontes informacionais de Sonnenwald. Os resultados encontrados apontam que as práticas informacionais das pessoas que atuam no comércio informal de tapioca visam ao atendimento de necessidades informacionais sobre produtos (preços, qualidade, rendimento, validade, variedade, goma, recheios, embalagens, equipamentos e instalações), sobre processos (armazenamento de matérias-primas, modos de produzir, saúde e segurança alimentar, armazenamento e exposição do produto acabado, venda, atendimento ao turista, divulgação), sobre o ambiente (normas, regulamentos, exigências legais, dinâmica das instituições do entorno, calendário de eventos, articulação e incidência política, políticas públicas, previdência) e sobre gestão (controle de finanças, receitas e despesas, custos fixos e variáveis, empreendedorismo). Com vistas ao atendimento dessas necessidades, as/os tapioqueiras/os acessam recursos informacionais humanos (familiares, amigos, clientes, fornecedores, outras/os tapioqueiras/os), tecnológicos digitais e analógicos (internet, livros, revistas, televisão, Whatsapp, Google, Youtube, Facebook, Instagram), institucionais (Prefeitura, Governo do Estado, Associação, SEBRAE), e outros recursos (Jesus), de modo que os humanos são os mais acessados, enquanto os institucionais parecem ter pouca relevância no cotidiano, com exceção da Associação; há ainda o registro da oração e da fé como forma de buscar informação. De modo geral, as/os tapioqueiras/os encontram-se satisfeitos com os processos de busca e uso da informação que têm operado, mas a atuação de intermediários de informação pode contribuir para a ampliação de seu horizonte informacional e de seu potencial de inovação.