Mediadores na memória reconstrutiva: uma análise da rememoração do texto jornalístico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: SOUZA, Ana Carolina Ferreira de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
UFPE
Brasil
Programa de Pos Graduacao em Psicologia Cognitiva
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/17756
Resumo: A recepção das mensagens midiáticas intriga pesquisadores desde os anos 20, quando as primeiras investigações foram esboçadas. Parte desse interesse recai nos estudos sobre a rememoração do conteúdo noticioso, que vem ganhando contornos variados e incorporando o conceito de esquema para a compreensão, principalmente, de quão acurada é a lembrança de determinado conteúdo. Muitos esforços foram feitos, mas ainda há uma lacuna referente as etapas do processo de rememoração integral, que compreende o que o sujeito é capaz de reconstruir em dado momento, valorizando as sucessivas transformações sofridas pelo conteúdo noticioso quando rememorado entre pares sociais. O presente estudo investiga microgeneticamente a rememoração de moradores da Região Metropolitana do Recife a respeito de uma matéria jornalística noticiosa local e para desenvolver a análise, parte de um caminho pouco explorado nesse campo de estudo, resgatando a proposta de memória reconstrutiva, que compreende a rememoração como um esforço para dar significado ao momento presente através da volta da pessoa que rememora aos seus próprios esquemas. Também filia-se à Psicologia Cultural Semiótica, campo de investigação interessado nos processos de construção de significados a partir da mediação semiótica. Participaram deste estudo 8 pessoas organizadas em duplas, que rememoraram de forma escrita e dialogada duas vezes o mesmo texto jornalístico. Como principais resultados, o estudo identificou a personalização das rememorações através das interligações de elementos oriundos da cultura pessoal e coletiva, compondo cenários de convencionalização e identificou que a rememoração da notícia envolvia dois níveis diferentes de mediadores, os quais foram chamados de Mediadores Primários e Mediadores Secundários, sugerindo uma organização hierárquica de mediadores socioculturais da memória.