Qualidade de vida e atividade sexual de mulheres submetidas ao tratamento para o câncer de colo do útero em um hospital universitário de Pernambuco - PE

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: CORREIA, Rafaella Araujo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
UFPE
Brasil
Programa de Pos Graduacao em Saude Coletiva
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/26580
Resumo: Introdução: O câncer do colo uterino configura-se como um importante problema de saúde pública, é o quarto câncer feminino mais diagnosticado no mundo. Em consequência dos avanços terapêuticos no tratamento da doença, as mulheres afetadas têm maior sobrevida. Porém, os efeitos secundários aos tratamentos deterioram a qualidade de vida e comprometem a atividade sexual. Objetivo: descrever a qualidade de vida e a atividade sexual de mulheres submetidas ao tratamento para o câncer do colo do útero. Métodos: estudo exploratório de abordagem quantitativa composto por 46 mulheres submetidas ao tratamento cirúrgico/quimioterápico/radioterápico no Hospital das Clínicas de Pernambuco. Foram utilizados três instrumentos: um para caracterização das participantes (caracterização socioeconômica, clínica, questões relacionadas à vida sexual e a hábitos de vida); o WHOQOL-bref a fim de avaliar a qualidade de vida; e o Índice de Função Sexual Feminina (FSFI) para avaliar a função sexual. Os dados foram analisados no programa Statistical Package for the Social Scienses (SPSS) versão 15.0. Realizada análise descritiva das variáveis. Teste de Mann-Whitney e teste Qui-quadrado de Pearson (χ²) foram aplicados na análise bivariada. Resultados: Entre as participantes do estudo, predominaram mulheres pardas (n=30; 65,22%), desempregadas (n=20; 43,48%), com início da atividade sexual antes dos 18 anos (n=39; 84,78%) e com mais de cinco parceiros sexuais (n=19; 41,30%). A doença foi diagnosticada já em estádios avançados (n=29; 63,04%) e o principal tratamento foi a radioterapia associada à quimioterapia (n=28; 60,87%). Houve associação (p<0,05): da qualidade de vida com variáveis socioeconômicas (renda, situação conjugal, atividade de lazer) e com variável clínica (tipo de tratamento realizado); e da atividade sexual com o tipo de tratamento realizado e com o estadiamento da doença. Os domínios do FSFI mais afetados pelo tratamento foram os domínios lubrificação (p=0,03) e dor (p=0,04). Conclusão: características socioeconômicas e tratamento interferiram na qualidade de vida e na atividade sexual. Qualidade de vida e aspectos da vida sexual após tratamentos para o câncer do colo do útero precisam ser considerados na prática clínica.