Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
WAQUIM NETO, Jorge |
Orientador(a): |
MELO NETO, João Evangelista Tude de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Filosofia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/54052
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Resumo: |
Deleuze protagonizou uma recepção bastante influente e, hoje, controversa da obra de Nietzsche, a partir da publicação do seu livro Nietzsche e a filosofia, em 1962. O presente texto de dissertação busca rever essa recepção, procurando entender como ela se deu. Buscamos o Nietzsche deleuziano, examinando o que nele possa haver de torções, de incompreensões ou até mesmo de plausibilidade a respeito de algumas noções nietzschianas. Nessa tarefa, consideramos autores da fortuna crítica que assinalam equívocos na interpretação deleuziana. Alguns desses autores apontam que tais equívocos seriam acidentais, resultados da má compreensão das noções nietzschianas pelo filósofo francês. Outros creditam os problemas de interpretação ao propósito de Deleuze em fazer de Nietzsche uma espécie de âncora conceitual para estabelecer sua própria filosofia. No entanto, neste trabalho de pesquisa, uma outra hipótese é colocada à prova: a interpretação de Deleuze seria plausível ao procurar deduzir das noções de Nietzsche o que nelas ele considerava incompleto. Em outras palavras, nossa hipótese é de que Deleuze teria realizado complementações às noções nietzschianas a partir de textos legítimos do filósofo alemão. Procuramos cumprir esse objetivo a partir da análise de três noções nietzschianas relevantes para o pensamento deleuziano: a teoria das forças/vontade de potência, onde examinamos o par conceitual “forças ativas” e “forças reativas” encontrado por Deleuze na obra de Nietzsche, mas amplamente criticado; o eterno retorno, no qual Deleuze faz uma interpretação do “mesmo” nietzschiano; e o perspectivismo, onde trazemos essa noção em Nietzsche e, a partir dela, a abordagem deleuziana das imagens do pensamento na filosofia. Os resultados, acreditamos, ao se reconsiderar a recepção deleuziana, jogam luzes, iluminando a compreensão das noções nietzschianas abordadas. |