Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
RODRIGUES, Anderson Lins |
Orientador(a): |
GRIGOLETTO, Evandra |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Letras
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/43180
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Resumo: |
Esta tese investiga os mo(vi)mentos discursivos de identificação e performatização de gênero de sujeitos que se reivindicam transgêneros. Para tanto, entende que não existe atributos ou sentidos específicos que possam ser tomados como próprios ou inequívocos do gênero, ou seja, para além de um suposto pacto biológico com a normalização dos corpos, pela via da arbitrária regra cisgênera e heterossexualizante, é preciso interrogar os indicadores políticos estabelecidos sócio-historicamente às masculinidades e às feminilidades. Por estar situada numa área acadêmica transdisciplinar, a investigação se aporta nos estudos do discurso de filiação materialista, com fulcro no trabalho de análise dos sentidos pela/na relação constitutiva entre língua, sujeito e ideologia (PÊCHEUX, 1975; 1983), e(m) sua articulação com o campo teórico do gênero e da sexualidade, compreendendo, sobretudo, as contribuições de Butler (2018, 2019) e de Foucault ([1969] 1999, 1975). Nesse sentido, o delineamento teórico- analítico, ao resistir frontalmente à ideia de que as transgeneridades seriam passíveis à intervenção e ao tratamento das ciências médicas, propõe a diversidade das expressões e vivências do/no gênero, bem como possibilidades outras de subjetivações corporificadas. Partindo desse pressuposto, o objetivo geral da tese é analisar o funcionamento do discurso de sujeitos transgêneros entre a significação de seu corpo e a (des)estabilização de sentidos sobre masculinidades e feminilidades. Com relação ao corpus da pesquisa, é constituído a partir dos autorrelatos de sujeitos que, ao se dizerem transgêneros, aproximam a sua subjetivação à ordem do corpo. Para tanto, considera o dizer de si a partir de determinadas produções, tais como: autobiografias, entrevistas e postagens públicas em redes sociais, especificamente, nos anos de 2017 a 2021 – recorte temporal que se deve ao momento de recrudescimento de ideias totalitárias e de inviabilização da diversidade, o que, no campo do gênero e da sexualidade, recebe a alcunha de ideologia de gênero. Os resultados da investigação sinalizam para um movimento regular de sobreposição de sentidos na relação entre os objetos corpo, gênero e desejo. Desses atravessamentos de sentidos, resultou a discussão de que as discursividades transgêneras analisadas conflagram um funcionamento discursivo tenso entre esses objetos e o processo simbólico de forja da identificação-performatização e subjetivação generificada trans, o que me levou a formular a proposta teórica e analítica de um espaço de entremeio de significação do gênero constituído pela/na tensão entre confluência e resistência a/entre sentidos corpo-normativos e sentidos corpo-transgressores. |