A Cartilha do Camponês, o Documento “BENÇA, MÃE!” E sua Recepção pela Liga Camponesa do Engenho Galiléia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: SILVA, Reginaldo José da
Orientador(a): SILVA, André Gustavo Ferreira da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Educacao
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/17203
Resumo: A presente pesquisa analisa a formação dos camponeses da Liga Camponesa do Engenho Galiléia, entre 1960 e 1964, tomando por base a recepção desses camponeses dos conteúdos presentes na Cartilha do Camponês e no documento “Bença, Mãe!” e sua relação com a ação político-pedagógica de Francisco Julião. A escolha do tema se deu pela constatação de que ainda dispomos de poucas pesquisas sobre as Ligas Camponesas enquanto lugar de educação, partindo da análise dos textos educativos escritos por Francisco Julião e da recepção dos conteúdos desses textos por camponeses que participaram diretamente das lutas e mobilizações do movimento. A Cartilha do Camponês e o documento “Bença, Mãe!” foram os textos educativos selecionados para a análise, por serem, respectivamente, o primeiro e o último escritos nos anos entre 1960 e 1964, quando as Ligas passavam por mudanças políticas e ideológicas que influenciavam os seus conteúdos formativos. A recepção dos referidos textos foi analisada a partir dos depoimentos de ex-integrantes da Liga Camponesa do Engenho Galiléia, que, por ter sido o primeiro núcleo das Ligas, teve uma grande importância política ao longo de toda a trajetória do movimento. A pesquisa, ao analisar o aspecto educativo das Ligas Camponesas, provoca também uma discussão sobre o conceito de educação, afastando-se da tendência de se entendê-la como sinônimo de escola e procurando compreender a história da educação para além da história da educação escolar. Desta forma, busca-se discutir a relação entre educação e movimentos sociais, educação não formal e educação popular. Sendo uma pesquisa historiográfica, os procedimentos metodológicos incluíram análise documental e entrevistas livres, devidamente transcritas, tendo a Análise de Conteúdo como método para identificar, tanto nos documentos quanto nas entrevistas, as palavras, ideias e temas centrais para o objetivo do trabalho.