A fabricação de João Pedro Teixeira: como o herói camponês.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: MUNIZ, Roberto Silva.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Humanidades - CH
PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/2212
Resumo: Essa pesquisa histórica tem como objetivo discutir o processo de fabricação de João Pedro Teixeira como o herói camponês. O começo da sua emergência se deu através de uma memória de heroísmo que passou a ser produzida em 1962, pela imprensa paraibana, logo após o seu assassinato quando era vice líder da Liga Camponesa de Sapé na Paraíba. A sua fabricação como herói camponês também extrapola o marco de 1962, fazendo com que a imagem de heroísmo construída para João Pedro Teixeira, continue a ser acionada e reatualizada na década de 80, sendo um signo de memória para as Ligas Camponesas. Dessa forma, ele continua tendo o seu corpo colonizado por diversas maquinarias discursivas como as matérias da imprensa, livros e artigos assim como um memorial que foi escrito no final do século passado e também uma biografia que é escrita para sua viúva onde João Pedro Teixeira reaparece através das suas memórias que se constitui como um espaço de saudade para sua viúva Elizabeth Teixeira. O resultado desses discursos que atravessam o tempo e que eles atribuem ao morto formas de sentidos em lugares e momentos diferentes, contribuindo para que a sua imagem se naturalize como o herói camponês.