Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
COSTA, Eduarda Lubambo |
Orientador(a): |
RIZZO, José Ângelo |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso embargado |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Ciencias da Saude
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/34605
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Resumo: |
O diagnóstico da asma é realizado com base no relato de sintomas e nas manifestações clínicas (falta de ar, sibilância, tosse e “respiração pesada”) confirmadas por medidas objetivas da função pulmonar. O principal objetivo do tratamento é alcançar o controle e a estabilidade da doença e assim reduzir a variabilidade de sintomas e os efeitos colaterais dos medicamentos. Algumas ferramentas foram desenvolvidas para avaliar o controle da asma, destacando-se o Teste de Controle da Asma (ACT), que consiste em um questionário sobre a frequência de eventos relacionados à doença nas últimas quatro semanas. A Escala Visual Analógica (EVA) tem sido bastante utilizada na prática clínica e em pesquisas científicas, por ser uma ferramenta simples e de fácil obtenção, para avaliar sintomas da asma, em especial a percepção de “falta de ar”. Entretanto, há poucos estudos sobre o emprego da EVA na avaliação do controle da asma. Diante disto, este estudo se propôs a verificar se existe associação entre as medidas da EVA e do ACT na avaliação do controle da asma em adolescentes asmáticos. Trata-se de um estudo clínico, prospectivo, em que participaram adolescentes com idade entre 12 e 18 anos, de ambos os sexos, com diagnóstico prévio de asma. A pesquisa foi realizada no ambulatório de asma e no laboratório de Pneumologia e Avaliação Funcional do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco. A função pulmonar foi avaliada por meio da espirometria e o controle da asma pelo ACT e pela EVA. Esta consiste em uma escala com linha horizontal de 100 mm, sem marcações na sua extensão, com os indicativos nas extremidades de “totalmente sem controle” à esquerda e “totalmente controlada” à direita. Os participantes foram reavaliados 30 (Reavaliação 1) e 60 dias (Reavaliação 2) após a avaliação basal. Quarenta e dois adolescentes foram incluídos (13,9 ± 1,94 anos; 54,8% sexo masculino). Trinta e quatro realizaram a Reavaliação 1 e 39 realizaram a Reavaliação 2. Moderadas correlações foram encontradas entre os escores da EVA e do ACT (r=0,580, p<0,0001) e entre a EVA e a questão sobre o controle da asma contida no ACT (r=0,596, p<0,0001). Essas correlações foram mais consistentes na Reavaliação 1 (EVA e ACT: r=0,729, p<0,0001; EVA e questão controle r=0,691, p<0,0001) e na Reavaliação 2 (EVA e ACT: r=0,764, p<0,0001; EVA e questão controle r=0,643, p<0,0001). Não foram encontradas correlações significantes entre a EVA e o volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF₁) e entre o ACT e o VEF₁ em nenhuma das mensurações realizadas. Além disso, com base no questionário ACT foi identificado o ponto de corte de 7,8cm na EVA para diferenciar pacientes com asma controlada e não controlada (área sob a curva=0,72; intervalo de confiança=0,56-0,88; sensibilidade=82,35%; especificidade=60%; acurácia=69,05; valor preditivo positivo=58,33%; valor preditivo negativo=83,33%, p=0,015). As correlações entre a EVA e o questionário ACT e o ponto de corte encontrado para diferenciar asma controlada e não controlada demonstram que a EVA pode ser um instrumento auxiliar na avaliação do controle da asma em adolescentes asmáticos. |