A escala visual analógica em pacientes com obstrução nasal candidatos à rinosseptoplastia : propriedades diagnósticas e correlação com escala de qualidade de vida

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Azeredo, Andreza Mariane de
Orientador(a): Wolff, Michelle Lavinsky
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/216949
Resumo: INTRODUÇÃO: A obstrução nasal é um sintoma comum na prática otorrinolaringológica e cirurgia plástica facial, porém de complexa aferição. Apesar de amplamente empregada, há uma escassez de dados referentes às propriedades diagnósticas da escala visual analógica (EVA) em pacientes com obstrução nasal candidatos à rinosseptoplastia. OBJETIVOS: Determinar os níveis de sensibilidade e especificidade da EVA para pacientes com obstrução nasal candidatos à rinosseptoplastia e correlacioná-la com escores relacionados à escala de qualidade de vida específica para obstrução nasal (NOSE-p). METODOLOGIA: Estudo prospectivo, longitudinal, constituído de duas coortes de pacientes. Os pacientes incluídos no grupo com obstrução nasal foram adultos (≥ 18 anos) candidatos à rinosseptoplastia funcional, atendidos no ambulatório de Rinologia e Cirurgia Plástica Facial do serviço de Otorrinolaringologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). Paralelamente, um grupo de pacientes adultos (≥ 18 anos) e sem obstrução nasal foi recrutado a partir dos ambulatórios de otorrinolaringologia adulto geral do serviço de Otorrinolaringologia do HCPA com queixas não nasais. As variáveis quantitativas foram correlacionadas entre si pelo coeficiente de correlação de Spearman. Para encontrar o melhor ponto de corte da EVA que discrimina os pacientes com e sem obstrução nasal, e aqueles pontos de corte que discriminam pacientes por categorias de gravidade conforme o escore Nasal Obstruction Symptom Evaluation em português (NOSE-p) foram utilizadas análises de curva ROC (Receiver Operating Characteristic). Foi considerado um nível de significância de 5%. RESULTADOS: Foram analisados os dados de 132 pacientes, 64 com obstrução nasal e 68 sem obstrução nasal. A maioria dos pacientes foi do sexo feminino (62%), com média de idade de 47 anos. O ponto de corte de EVA de 43 foi determinado para discriminar pacientes com e sem obstrução nasal, com área sob a curva ROC de 0,89 (P<0,001, IC95%: 0,84 a 0,94), com sensibilidade de 89,1% e especificidade de 76,5%. Os pacientes do grupo sem obstrução nasal se concentraram mais nas categorias leve e moderada e os pacientes do grupo com obstrução, nas categorias grave e extrema da escala NOSE-p. Nas categorias mais altas de NOSE-p, valores de EVA também são mais altos. O ponto de corte abaixo de 13,75 classificaria os 8 leves; de 13,75 a 51, moderados; de 51 até 70,5, graves; acima de 70,5, extremos. CONCLUSÃO: O presente estudo determina, pela primeira vez na literatura, as propriedades diagnósticas da escala visual analógica para obstrução nasal em pacientes candidatos à rinosseptoplastia. Encontramos correlação significativa entre as escalas EVA e NOSE-p nas diferentes faixas de gravidade da obstrução nasal. Sendo assim, a EVA pode ser uma ferramenta útil para avaliar a gravidade da obstrução nasal em pacientes candidatos à rinosseptoplastia funcional.