Distribuição espaço-temporal da família tetragonicipitidae lang, 1944 (copepoda, harpacticoida) em fundo de rodolitos no litoral do nordeste, Brasil

• Ano de defesa: 2018
• Autor(a) principal: COSTA, Raquel Gomes Marinho
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco; UFPE; Brasil; Programa de Pos Graduacao em Biologia Animal
• Palavras-chave em Português: Bacia potiguar; Meiofauna - plataforma; Tetragonicipitidae
• Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/52107

A plataforma continental é um sistema complexo e dinâmico, e apesar de sua reconhecida importância, poucos estudos de caracterização da comunidade bentônica têm sido desenvolvidos ao longo de sua extensão, sobretudo na região adjacente ao estado do Rio Grande do Norte. A íntima associação da comunidade bentônica ao sedimento indica a necessidade de maiores esforços no levantamento de dados nessa região. O presente estudo tem por objetivos fornecer uma lista de gêneros e espécies da Família Tetragonicipitidae (Copepoda, Harpacticoida) nos sedimentos da plataforma continental da Bacia Potiguar e avaliar sua distribuição espaço-temporal. Um total de 23 estações foram amostradas ao longo da plataforma, considerando-se quatro isóbatas (5, 10, 20 e 50 m), em dois períodos de coleta (seco e chuvoso). Foram analisados 123 indivíduos da família Tetragonicipitidae, com maior número de organismos registrados na isóbata de maior profundidade. Foram registradas 19 espécies distribuídas em seis gêneros. O gênero Phyllopodopsyllus foi o dominante com 85% do total de indivíduos. São registrados pela primeira vez para o Atlântico Sul os gêneros Odaginiceps e Pteropsyllus, e as espécies Odaginiceps clarkae, Odaginiceps xamaneki, Phyllopodopsyllus carinatus, P. hermani, P. medius, P. mielkei, P. paraborutzkyi, P. pauli, P. simplex, P. tenuis, P. xenus têm neste estudo seu primeiro registro para a costa brasileira. As espécies Phyllopodopsyllus hermani, P. tenuis, P. simplex e P. paraborutzkyi foram dominantes na maioria das estações. O pico de densidade total foi observado no período seco, embora não tenha sido significativo para diferenciar as duas campanhas. Foi observada diferença significativa na densidade entre as profundidades, sendo maior na isóbata de 50m. Porém, não foram observadas diferenças na estrutura da associação dos Tetragonicipitidae entre as isóbatas ou entre os dois períodos de amostragem.