Avaliação da severidade do impacto por óleo nos recifes do litoral pernambucano : múltiplas abordagens no uso de copepoda harpacticoida (crustacea)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: MOURA, Nayra Nascimento de
Orientador(a): SANTOS, Paulo Jorge Parreira dos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Biologia Animal
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
HPA
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/52316
Resumo: Durante o último semestre de 2019, a costa do Nordeste do Brasil sofreu um impacto significativo de uma extensa quantidade de petróleo e os organismos marinhos nas áreas afetadas pelo derramamento desse contaminante ficaram sujeitos a impactos significativos. Situações como essas têm um impacto considerável na meiofauna, e os efeitos podem persistir por períodos variáveis, afetando a recuperação e a sensibilidade dos táxons de várias maneiras distintas. Há um crescimento significativo na realização de estudos sobre a meiofauna, pois eles se mostram excelentes indicadores de impactos causados por óleo, devido ao ciclo de vida curto, concluído em poucas semanas, e à associação com diversos micro-habitats. A influência dos contaminantes do óleo, como HPAs, na comunidade bentônica resulta em uma redução da abundância e diversidade dos táxons nas áreas com maior exposição aos componentes químicos. Os objetivos deste estudo foram os seguintes: 1) Realizar uma revisão bibliográfica para identificar os trabalhos relacionados à interação entre o óleo e a meiofauna. Para isso, utilizamos a plataforma Scopus para coletar os dados, resultando em 173 estudos encontrados e após a aplicação de critérios de exclusão, foram utilizados 66 trabalhos para análise; e 2) Avaliar a meiofauna de recifes de coral em duas praias distintas: a praia do Cupe, que sofreu impacto de óleo, e a Praia de Serrambi, considerada como área de controle por não ter sido afetada pelo óleo. Utilizamos tapetes de grama sintética como substrato artificial para a colonização da meiofauna. Geralmente, os nematoides exibem maior resistência, e neste estudo foi possível observar este mesmo padrão, o grupo dos copépodes mostrou-se mais sensíveis ao óleo. Após dois anos do acidente, a recuperação dos organismos da meiofauna pareceu ser satisfatória.