A dieta de Eremotherium laurillardi (LUND, 1842) através de isótopos estáveis e microdesgaste dentário

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: SILVA, Ana Karoline Barros
Orientador(a): OLIVEIRA, Édison Vicente
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Geociencias
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/26273
Resumo: Análises de microdesgaste dentário e isótopos estáveis de δ¹³C e δ¹⁸O em ossos e dentes, são ferramentas através das quais pode-se fazer inferências paleoecológicas e paleoambientais. Estudos do microdesgaste dentário foram amplamente utilizadas em primatas, mas apenas recentemente vêm sendo utilizados para inferir dietas em xenartros. As marcas ocasionadas pela abrasão das partículas durante a mastigação e a assinatura isotópica de um animal são correlacionadas com as principais categorias tróficas observadas na natureza. Este trabalho teve por objetivo inferir a dieta de Eremotherium laurillardi através de estudo biomecânico e geoquímico. O material estudado pertence à Coleção de Macrofósseis do Laboratório de Paleontologia do Departamento de Geologia da UFPE, composto de 71 molariformes, em diferentes estágios ontogenéticos, de nove localidades dos Estados de Pernambuco, Alagoas e Bahia. Utilizou-se estéreomicroscopia de baixa ampliação para a identificação e qualificação das sete principais variáveis de microdesgaste em ortodentina. Análise descriminante e de variância indicam a predominância de microdesgaste misto de orientação variável. A assinatura isotópica de δ¹³C em bioapatita variaram entre -1,81‰ e -8,59‰ nos indivíduos adultos e -4,23‰ e -7,10‰ nos juvenis, indicando uma dieta mista de plantas C3 e C4. As taxas de δ¹⁸O variam ao longo da latitude, ficando entre 24, 81‰ e 46,18‰, demostrando uma diagênese muito intensa atuando sobre os depósitos e grande modificação da matéria orgânica. Os resultados obtidos corroboram com o relatado na literatura, descrevendo E. laurillardi como megaherbívoro generalizado, sendo capaz de tolerar uma ampla gama de dietas e hábitats.