Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2008 |
Autor(a) principal: |
ZAMBALDI, Carla Fonseca |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/8320
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Resumo: |
A depressão pós-parto (DPP) é o transtorno afetivo mais comum no puerpério. Tem prevalência de cerca de 13% e causa impacto significativo na qualidade de vida da mulher, na dinâmica familiar e na interação mãe-bebê. Tem sido observado presença de sintomas obsessivo-compulsivos no quadro clínico da DPP, em especial, pensamentos obsessivos agressivos envolvendo o recém-nascido. Este estudo foi realizado com objetivo de estudar a DPP e sintomas obsessivo-compulsivos. Foi entrevistada uma amostra de conveniência de 400 puérperas, oriundas do serviço público e privado da região metropolitana do Recife. O diagnóstico de DPP, através SCID-I, a presença de obsessões e compulsões foi verificado pela Y-BOCKS checklist e o diagnóstico de transtorno obsessivo-compulsivo foi feito através da MINI. A coleta de dados foi realizada de setembro de 2007 a julho de 2008. Foi observado prevalência da DPP de 7,3%. As mulheres com maior risco de apresentar DPP foram aquelas: que tinham história prévia de transtorno psiquiátrico; que tinham familiares com algum transtorno psiquiátrico; que tinham algum problema clínico; que eram separadas; que tiveram parto normal e as que tinham história prévia de abortamento espontâneo. Os fatores que não se relacionaram com o surgimento de DPP incluiram idade, paridade, ecolaridade, variáveis econômicas, complicações obstétricas, tratamento para engravidar e gravidez não desejada. Desta amostra, 254 (63,5%) mulheres apresentava algum sintoma obsessivo-compulsivo. A ocorrência dos sintomas obsessivo-compulsivos foi mais freqüente nas mulheres com DPP de modo estatisticamente significante. Os temas mais freqüentes foram obsessões com agressão, obsessão com contaminação e obsessão diversas, compulsão de verificação e controle e compulsão de limpeza/lavagem. Na amostra total detectamos prevalência de 9% de TOC. A proporção de TOC comorbido com a DPP foi de 53,8%. Concluímos que a DPP está relacionado a alta freqüência de sintomas obsessivo-compulsivos e a pesquisa destes sintomas deve se tornar parte da entrevista dos profissionais de saúde que assistem mulheres no período do pós-parto |