Diferenças de gênero na apresentação fenomenológica do transtorno obsessivo-compulsivo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Torresan, Ricardo Cezar [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/106080
Resumo: Estudos prévios realizados em diferentes países demonstraram algumas importantes diferenças na apresentação clínica do transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) entre homens e mulheres, incluindo a idade de início dos sintomas obsessivo-compulsivos (SOC), tipos de SOC, comorbidades, curso e prognóstico. Comparar as características fenomenológicas do TOC em homens e mulheres de uma grande amostra clínica multicêntrica brasileira, particularmente em relação à presença e gravidade de diferentes dimensões de SOC, curso clínico e prevalência de transtornos de eixo I comórbidos. Estudo transversal com 901 pacientes portadores de TOC (segundo critérios diagnósticos do DSM-IV) de oito centros universitários integrantes do Consórcio Brasileiro de Pesquisa em Transtornos do Espectro Obsessivo-Compulsivo, utilizando vários instrumentos de avaliação, incluindo: Questionário de História Natural do TOC, Escala de Yale-Brown (Y-BOCS), Escala Dimensional de Yale-Brown (DY-BOCS), Inventários de Beck para Depressão (BDI) e Ansiedade (BAI), Escala de Avaliação Global de Tiques (YGTSS) e Entrevista Clínica Estruturada para Transtornos do Eixo I do DSM-IV (SCID-I). A amostra foi composta por 516 mulheres (57,3%) e 385 homens (42,7%), com idade média de 34,4 (12,7) anos. Os homens apresentaram menor média de idade e eram mais frequentemente solteiros do que as mulheres. Estes, apesar de terem mais anos de estudo e nível econômico mais alto, estavam mais frequentemente desempregados. A idade média de início dos SOC não diferiu entre os gêneros, mas nos homens a interferência destes e a pior fase do transtorno ocorreram mais precocemente, assim como a busca por tratamento. Os homens receberam também psicoterapia e neurolépticos com mais frequência do que as mulheres, as quais apresentaram melhor resposta aos antidepressivos. No entanto, as pacientes tiveram escores...