A família e o provimento de cuidados à pessoa com transtorno mental no contexto da desinstitucionalização

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Taciana Sarmento Vieira, Galba
Orientador(a): Salazar Uchôa, Roberta
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/9407
Resumo: A Reforma Psiquiátrica busca promover um redimensionamento do modelo assistencial de Saúde Mental, através da desinstitucionalização e da reinserção social da pessoa com transtorno mental pautada pela tríade da família, do trabalho e da comunidade.Em consonância com este paradigma, este estudo objetiva conhecer os fatores que concorrem para obstaculizar e/ou facilitar o provimento de cuidados à pessoa com transtorno mental na família após longa permanência em hospital psiquiátrico.Os sujeitos de pesquisa, dois familiares de pessoas com transtorno mental que foram reintegradas ao convívio familiar após longos anos de internação psiquiátrica, são residentes no Distrito Sanitário IV, da cidade do Recife.Foi utilizado como técnica de pesquisa o depoimento pessoal .Os depoimentos foram analisados a partir de três eixos temáticos: a convivência com o familiar com transtorno mental durante a internação no hospital psiquiátrico;o processo de desinstitucionalização; e o retorno ao convívio familiar. No primeiro, destacam-se as percepções que as cuidadoras possuem sobre o hospital psiquiátrico e os cuidados com seus familiares durante o internamento; no segundo, evidencia-se o momento da transição entre o hospital psiquiátrico e o retorno ao lar das pessoas com transtorno mental;e o terceiro trata da convivência familiar, procurando evidenciar questões financeiras e emocionais das famílias com o retorno ao convívio com a pessoa com transtorno mental.O estudo evidencia que a reintegração do familiar com transtorno mental foi realizada sem uma adequada sustentação pela Política de Saúde Mental, sobretudo, porque não foram consideradas as condições materiais e emocionais das famílias para efetivar essa reintegração.Ao mesmo tempo em que as famílias apoiam o retorno ao lar dos membros com transtorno mental, também queixam-se do ônus financeiro e emocional gerado pela volta para casa da pessoa com transtorno mental.Nas duas famílias da amostra da pesquisa são as mulheres que vêm sendo mais comprometidas em sua individualidade e autonomia, quando do exercício da função de cuidar do parente com transtorno mental