A Psicologia fora do armário: contribuições com as estratégias governamentais de promoção de direitos e enfrentamento à LGBTfobia em Pernambuco

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: ANDRADE, Maríllia Gabriella Torres de
Orientador(a): MEDRADO, Benedito
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Psicologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/33798
Resumo: O presente trabalho visa analisar de que modo a Psicologia tem sido acionada na formulação de políticas públicas voltadas a promoção dos direitos e enfrentamento à LGBTfobia em Pernambuco. Para tanto, define-se essa violência LGBTfóbica como construção sócio histórica, que inclui processos singulares e relacionais, mas também construções simbólicas complexas e ordenamentos públicos que resultam na discriminação e agressão às pessoas em função de sua orientação sexual e/ou identidade de gênero. Nossa base teórico-metodológica se aporta no construcionismo social para o estudo das práticas discursivas e produção de sentidos no cotidiano. Como procedimentos metodológicos, realizamos mapeamento da rede de atenção psicossocial, entrevistas semi-estruturadas com gestores/as de políticas e serviços voltados especificamente para população LGBT, sendo 02 em âmbito municipal (Recife) e 04 em âmbito estadual (Pernambuco) e levantamento dos documentos de domínio público disponíveis em sites ou portais dos serviços pesquisados. Através da análise dos repertórios interpretativos, observamos que os discursos apontam para a Psicologia como lugar de cuidado e acolhimento na atenção a população LGBT, sendo ela fundamental nas discussões e práticas que versem sobre a despatologização das identidades LGBT. Identificamos, ainda, que existe a real necessidade de incluir na formação curricular a pauta das políticas públicas, bem como qualificar permanentemente esses profissionais. Dessa forma, se garante uma atuação compromissada nos equipamentos de referência, que preze pelo diálogo entre as políticas públicas, pautando a importância da intersetorialidade para garantia de atendimento integral, centrado no compromisso ético da não reprodução de violência. O que podemos apreender é que, embora nesse campo esteja em contínua ascensão, a Psicologia se mostra muito mais acessória que peça chave, sendo apenas acessada quando para realizar intervenções diretivas, do que para pensar nos pontos centrais das políticas públicas, a partir de sua grande possibilidade de contribuição nas formulação, implantação e implementação de serviços/estratégias.