Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
RODRIGUES, Hallana Cristina de Araújo |
Orientador(a): |
LIMA, Marília de Carvalho |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Saude da Crianca e do Adolescente
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/19601
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Resumo: |
O ambiente obesogênico consiste em uma relação ambiental favorecedora ao desenvolvimento e/ou manutenção da obesidade. Práticas educativas parentais relacionadas a alimentação são estratégias utilizadas para incentivar a adesão de comportamentos alimentares considerados adequados. Diante da crescente ocorrência do sobrepeso em crianças delineamos um estudo cujo objetivo foi avaliar a associação das práticas educativas parentais relacionadas à alimentação e do ambiente obesogênico com a ocorrência do excesso de peso em crianças na idade escolar. Trata-se de um estudo caso-controle realizado com uma amostra de 222 pares de crianças/mães, 74 crianças com excesso de peso e 148 eutróficas, com idade entre 6 e 10 anos. O desfecho consistiu do estado nutricional, definindo-se como “caso” as crianças com excesso de peso (IMC/Idade e sexo ≥ 2 escores-z) e “controle” as eutróficas (IMC/Idade e sexo > -1 escore-z e < 1 escore-z). Como variáveis independentes avaliamos as características ambientais obesogênicas e as práticas educativas parentais na alimentação, e como co-variáveis os fatores socioeconômicos familiares, biológicas da criança (sexo e peso ao nascer) e da mãe (índice de massa corporal) e a época de introdução de líquidos nos primeiros meses de vida. Observamos uma chance significantemente maior de excesso de peso nas crianças quando o entorno da residência era desprovido de ambiente destinado a práticas esportivas (como quadras e praças), em ambientes que propiciavam menor gasto de energia em atividades de vida diárias, quando a exposição a telas (televisão, computador ou videogame) ultrapassava 3h/dia. A chance de apresentar excesso de peso também foi detectada em famílias com práticas educativas alimentares restritivas, pouca pressão para comer e elevada monitoração dos alimentos consumidos. Observamos resultados similares nas crianças cujo peso ao nascer foi ≥3500g, tiveram a introdução de líquidos em torno de 3 a 4 meses de vida e cujas mães tinham IMC ≥ 25,0 kg/m2. Concluímos que o ambiente obesogênico, bem como as práticas educativas parentais relacionadas à alimentação, tem influência positiva com o excesso de peso infantil. Intervenções para prevenção e tratamento deste transtorno nutricional devem mobilizar diversos setores e atores sociais para obtenção de resultados positivos. |