Probabilidade subjetiva no ensino médio : constituição de indicadores epistêmicos e o conhecimento de estudantes

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: SILVA, Anderson Rodrigo Oliveira da
Orientador(a): CARVALHO, José Ivanildo Felisberto de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Educacao Matematica e Tecnologica
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/49274
Resumo: A probabilidade tem relevante papel social com o auxílio à leitura, interpretação e tomada de decisões em contextos de nossas vidas em sociedade nos quais a aleatoriedade se faz sempre presente. No campo da Educação Probabilística há a orientação para um trabalho em sala de aula que aborde a probabilidade e seus diferentes significados. A literatura atual aponta que estudos sobre as relações entre estudantes e a Probabilidade Subjetiva ainda se encontram raros. Esta pesquisa tem como foco central o Significado Subjetivo de Probabilidade e, como objetivo, investigar os conhecimentos sobre probabilidade subjetiva de estudantes do Ensino Médio à luz de indicadores epistêmicos. O construto teórico Indicadores Epistêmicos se constitui em uma das dimensões abordadas sobre a Teoria da Idoneidade Didática de Juan Godino. Metodologicamente, foram selecionados 10 estudantes do 3o ano do Ensino Médio de uma escola pública situada na cidade de Pesqueira-PE para responder a um instrumento diagnóstico organizado em três fases. A fase inicial, abordando problemas de probabilidade subjetiva; uma segunda fase com uma atividade de simulação, e uma terceira envolvendo todos os indicadores epistêmicos de probabilidade subjetiva elaborados no estudo. Para a categorização dos problemas e a análise dos livros didáticos, foram elaborados indicadores epistêmicos, baseados nos livros didáticos, BNCC e currículo local, para a probabilidade subjetiva. Os resultados apontaram para uma boa compreensão dos estudantes acerca do significado subjetivo, ainda que os livros didáticos tomem o caminho inverso, trabalhando e forma apenas fragmentada os significados de probabilidade e tendo como predominância o significado clássico. As análises apontam ainda que houve dificuldades relativas aos cálculos básicos de probabilidade, ao trabalho com probabilidade condicional, ou saída do espectro da equiprobabilidade. Problemas próximos daqueles encontrados nos livros didáticos apresentaram menores dificuldades de interpretação e manipulação algorítmica. Defendemos que a abordagem do saber probabilidade seja acompanhada de seus diferentes significados, de forma a desenvolver uma visão holística do conceito. Para que o letramento probabilístico seja contemplado em sua totalidade, o desenvolvimento dos conhecimentos de probabilidade deve se fazer presente, no intuito de que uma educação verdadeiramente concreta deixe de ser apenas utopia.