Bioconjugados a base de quitosana-dacarbazina: do design a sua avaliação citotóxica em linhagens tumorais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: SILVA, Bárbara Laís Carneiro
Orientador(a): AMORIM, Rosa Valéria da Silva
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Morfotecnologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/34055
Resumo: O câncer é uma das doenças que mais causa morte em todo mundo, seu tratamento é altamente agressivo e em muitos casos ineficaz. A Dacarbazina é um antitumoral da família dos alcaloides, é utilizada para o tratamento de melanoma e tumores sólidos, porém como toda droga antitumoral, causa inúmeros efeitos colaterais, e acometem tanto as células tumorais como as células sadias. No intuito de minimizar tais efeitos e potencializar sua ação frente às células tumorais, o presente estudo utilizou a quitosana, um biopolímero natural e promissor, muito aplicado na área biomédica, para sintetizar bioconjugados a base de quitosana e Dacarbazina para a aplicação farmacológica em linhagens de células tumorais. Os biogonjugados sintetizados foram caracterizados físico-químicamente e testados em linhagens normais e tumorais para a avaliação da viabilidade celular. Todas as caracterizações físico-químicas realizadas exibiram resultados que comprovam interação entre o polímero e a droga. A microscopia de varredura demonstrou que os bioconjugados apresentaram superfícies levemente irregulares, sendo evidenciados os cristais da droga na superfície da quitosana. O Espectro Infravermelho com Transmissão de Fourier, a espectroscopia de absorção na região ultravioleta visível e a ressonância magnética nuclear comprovaram que houve troca química entre a quitosana e a Dacarbazina e que as cadeias polissacarídicas de quitosana estão ligadas através de ligações de hidrogênio a Dacarbazina. A análise termogravimétrica foi utilizada para a determinação da estabilidade térmica e/ou a taxa de composição dos materiais em estudo em função da temperatura, assim percebeu-se que a estabilidade térmica do bioconjugado, sofreu modificações significativas diante da conjugação entre a quitosana e a Dacarbazina. As análises citotóxicas indicaram que a Dacarbazina isolada utilizada nos experimentos apresentou atividade citotóxica considerável frente às linhagens celulares. O bioconjugado também demonstrou características toxicas frente às linhagens tumorais de carcinoma mucoepidermoide de pulmão humano, câncer de mama humano e carcinoma de colón humano, porém notou-se que a atividade citotóxica do bioconjugado foi maior em comparação a citotoxicidade da Dacarbazina isolada. Assim pode-se concluir que houve interação molecular entre a quitosana e a Dacarbazina e que os bioconjugados foram sintetizados com êxitos, possibilitando estudos mais aprofundados, uma vez que esses possam vir a ser alternativas promissoras para o tratamento do câncer.