Representações espaciais da biodiversidade da Mata Atlântica por jovens de Camaragibe, Pernambuco

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Monteiro Rafael, Larissa
Orientador(a): Cristina Gonçalves Pereira, Eugênia
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/6074
Resumo: Este trabalho avaliou o estágio de degradação da Mata do Privê Vermont, mancha componente da Zona de Proteção Permanente do município de Camaragibe, Pernambuco, bem como investigou as representações espaciais da biodiversidade da Mata Atlântica a partir de crianças e adolescentes, entre 10 e 15 anos, do Colégio Anglo e da Escola Estadual Professor Ministro Jarbas Passarinho. Para isso, foi utilizada a técnica do Índice de Vegetação por Diferença Normalizada (IVDN) e a Classificação Supervisionada, possibilitando analisar e quantificar as regiões de perda e ganho de vegetação no fragmento. Para investigar as representações do espaço, foram aplicados questionários com perguntas estruturadas, semi-estruturadas e projetivas e solicitados desenhos alusivos à Mata Atlântica. As respostas foram processadas no SPSS 17, considerando a freqüência, a Tipologia de Valores da Natureza, a diferença das variáveis independentes de gênero e faixa etária, através do X2 (p=0,05), e temas abordados nos desenhos. Observou-se que a perda de vegetação na Mata do Privê, ocorre principalmente na porção com grande adensamento populacional, concluindo-se que um dos fatores degradantes desse fragmento, deve-se a pressão antrópica na região. Aliado a isso, a investigação das representações espaciais evidenciou um conhecimento botânico e zoológico escasso da biodiversidade local, influenciado pela pouca coexistência dos estudantes com os ambientes naturais, pelos meios de comunicação de massa e forte valor estético da percepção da paisagem. A diferença de representações a partir do gênero reflete a prática social que restringe as meninas ao espaço do lar e os meninos ao espaço externo. Já a diferença entre as idades residiu na visão mais crítica dos adolescentes e na estagnação do conhecimento da diversidade de espécies entre eles e as crianças. Considera-se que as representações dos estudantes acerca da biodiversidade da Mata do Privê carecem de um trabalho contextualizado entre o conteúdo escolar e a realidade da região