Permanência e transformação na agricultura familiar: um estudo de caso sobre a resistência dos agricultores familiares no submédio São Francisco

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Costa, Klenio Veiga da
Orientador(a): Fonte, Eliane Maria Monteiro da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/11712
Resumo: No Sertão do São Francisco em cada rearranjo nos processos de acumulação econômica e do poder político local, os agricultores familiares da área de sequeiro são levados a se reinventar. Sejam como vaqueiros, meeiros do algodão, colonos ou assalariados na fruticultura, estes agricultores, por secularmente viverem sob severos constrangimentos tiveram de adaptar-se a fim de garantir a relativa autonomia de seu modo de vida camponês. É objetivo desta pesquisa investigar as estratégias empregadas pelos camponeses do Sertão para viabilizar sua existência, buscando compreender os fatores que possibilitam a reprodução social deste campesinato e lhe conferem especificidade neste início de século XXI. Este trabalho se insere na discussão sobre o papel e lugar do campesinato na contemporaneidade, sob a orientação de que a modernização do campo não promoveu o fim do campesinato, mas que este ator social resiste e se recria continuamente. O estudo de caso foi realizado com agricultores camponeses residentes no Sítio Carretão, uma comunidade rural localizada na área de sequeiro do município de Petrolina - PE. Constata-se, com este trabalho, que estes agricultores seguem desenvolvendo práticas sociais para levar adiante os seus projetos de vida. Algumas das estratégias identificadas são, o trabalho familiar na agricultura como o elemento fundamental para a recriação da família e uma habilidosa apropriação das políticas públicas para mitigar os efeitos das crises produtivas desencadeadas pelas secas e a pobreza.