Biodiversidade de macroalgas: uma ferramenta indicadora de tensores ambientais na região do complexo portuário de suape, Pernambuco, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Reis, Thiago Nogueira de Vasconcelos
Orientador(a): Fujii, Mutue Toyota
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/12217
Resumo: Os impactos ambientais causados pelo homem têm sido fonte de grande preocupação, tendo em vista as conseqüências negativas que afetam o equilíbrio ecológico do meio. A área apresenta uma variedade ambientes e agrega vários habitats, o que a torna um dos principais pontos de diversidade de algas no Estado Pernambucano. A partir dai surgiu à necessidade de realizar um estudo na região, com o objetivo de fazer um inventario das algas presentes em Suape, e assim, contribuir para o conhecimento sobre a comunidade ficológica da região, gerando subsídios para fins de preservação e futuros trabalhos de monitoramento. As coletas foram divididas em 2 etapas distintas, a primeira realizada no período de janeiro de 1998 a julho de 1999, apenas inventariando a flora, a segunda etapa, foi realizada trimestralmente, de Janeiro de 2009 a julho de 2010, inventariando minuciosamente a flora algológica da região e quantificando a biomassa das macroalgas dos recifes da região portuária de Suape. Nesta etapa foram coletadas 378 amostras para fins de biomassa e diversidade, sendo estas distribuídas em três transects, aleatoriamente. Foram coletados parâmetros abióticos concomitantemente (NO2, NO3, PO4, turbidez e Sólidos Totais Suspensos) Foram registradas Baia da região portuária de Suape um total de 136 taxa de macroalgas, o que a caracteriza como a área de maior riqueza desse grupo o litoral do estado de Pernambuco. É importante ressaltar o registro de um novo táxon para o litoral brasileiro Acetabularia farlowii e novas adições para a flora ficológica do litoral do estado de Pernambuco (Acetabularia myriospora, Ceratodictyon planicaule, Ceramium vagans e Laurencia oliveirana). A biomassa das algas encontradas na região variou de 181,3±20,7 no mês de Janeiro de 2009 a 62,5±6,0 no mês de Julho de 2010. Foi possível observar variações significativas entre o mês de janeiro de 2009 e Julho de 2009 (z=3.549; p<0,05), Janeiro de 2010 (z=3.523; p<0,05) e Julho de 2010 (z=3.6904; p<0,05), entre os meses de Abril 2010 e Julho de 2009 (z=3.1889; p<0,05), Janeiro de 210 (z=3.1632; p<0,05) e Julho de 2010 (z=3.3304; p<0,05). As diferenças encontradas foram, principalmente, observadas pela influência das dragagens e pela sazonalidade, tendo em vista que os únicos meses que apresentaram grandes biomassa foram os meses de Janeiro de 2009 (quando ainda não haviam dragado) e o mês de abril de 2010 (quando as dragagens estavam sendo finalizadas). O mês de julho de 2010 apresentou valores de biomassa baixos, provavelmente pela sazonalidade e pelo aumento de chuvas no período. Das espécies que constituem a comunidade de macroalgas na região, as Palisada perforata, Centrosceras clavulatum, Gelidiella acerosa e Acanthophora spicifera, foram as que apresentaram maiores freqüências, com 86, 47, 41 e 40% respectivamente. Com base nos dados obtidos, é possível afirmar que as comunidades de algas aparentam estar bem conservadas na região do Complexo portuário de Suape, tendo em vista o elevado número de taxa e a alta freqüência de espécies normalmente encontradas em outros recifes de arenito no litoral do estado.