Geoquímica sazonal do fósforo sedimentar dos estuários Ipojuca e Massangana, complexo industrial portuário de Suape - PE

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: VASCONCELOS, Ana Gabriela Pinto Pereira de
Orientador(a): BARCELLOS, Roberto Lima
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Oceanografia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/38700
Resumo: O estudo quantitativo e qualitativo do fósforo sedimentar em estuários, é um recurso vantajoso para investigação da origem deste nutriente, podendo ser natural ou antrópico. Este trabalho foi formulado com objetivo de desenvolver um padrão espacial / temporal de fósforo sedimentar total, orgânico e inorgânico no sistema estuarino do complexo portuário industrial de Suape, PE – Brasil. O estudo realizou um acompanhamento sazonal em 2017 (período seco e período chuvoso) dos estuários de Massangana/Suape e Ipojuca, no intuito de caracterizar as mudanças ambientais da dinâmica sedimentar atual. Foram coletadas 42 amostras sazonais, 26 em Ipojuca (março e agosto) e 16 em Suape (março e julho). Associados ao fósforo, foram analisados os componentes geoquímicos CaCO3 e Matéria orgânica total, aliados a outros parâmetros como profundidade, hidrodinâmica, granulometria e razões isotópicas para interpretação dos dados. O fósforo foi analisado pela metodologia de Williams et al. (1976), modificada, descrita por Pardo et al. (2004); CaCO3 e MOT por Sugio (1973). Os resultados foram submetidos à análise estatística de PCA/PCO e PERMANOVA. Em Suape, ambos os períodos foram mais influenciados pelos componentes CaCO3, matéria orgânica total e profundidade. Os teores dos três tipos de fósforo, entretanto, estão mais associados ao estuário de Ipojuca, também em ambas as estações. As razões C/P indicaram predominância terrígena para a origem da matéria orgânica (>50% das amostras). Para período x estuário, o período sazonal mostrou diferença significativa entre: período seco x chuvoso - Ipojuca x Suape. Cruzando os dados do período seco de Suape x chuvoso de Suape, não houve diferença sazonal significativa, mas houve entre Ipojuca x Ipojuca. Os maiores valores apresentaram associações ao período chuvoso e estuário de Ipojuca, com seus teores máximos de fósforo inorgânico, orgânico e total: 1,29; 0,78 e 1,38 mg/g, respectivamente, além dos sedimentos finos correlacionarem-se significativamente com maiores teores de fósforo. Este importante nutriente se encontra para estes estuários, dentro dos valores estipulados pelo CONAMA (>2 mg/g), porém, alguns pontos próximos ao porto e no alto estuário do Ipojuca precisam ser melhor monitorados para prevenção de possível contaminação.