Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
NASCIMENTO, Jacilane Fernandes do |
Orientador(a): |
OLIVEIRA, Neiva Tinti de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Biologia de Fungos
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/25065
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Resumo: |
O agronegócio do algodão é uma atividade de grande importância econômica tanto na geração de renda como na ocupação de mão de obra e na criação de emprego no mundo. A pluma do algodão destaca-se como a mais importante matéria-prima utilizada em toda a cadeia têxtil do Brasil, que é um dos principais segmentos da indústria de transformação e, consequentemente, da economia do país. As fibras de algodão contêm 94% de celulose na sua massa seca. A degradação deste componente conduz a uma perda completa da estrutura e resistência das fibras. Os fungos são importantes contaminantes da pluma do algodoeiro e podem determinar a perda de qualidade do produto. Microrganismos celulolíticos desempenham um papel importante na biosfera, pela reciclagem de celulose, o hidrato de carbono mais abundante produzida pelas plantas. As celulases secretadas por fungos filamentosos são formadas por três componentes principais: as exoglucanases ou celobiohidrolases, as endoglucanases ou celodextrinases, e as celobiases ou β-glicosidases. Os objetivos deste trabalho foram isolar, identificar e avaliar a capacidade de fungos contaminantes da pluma do algodão em produzir celulases que pudessem alterar as características tecnológicas da fibra interferindo na sua qualidade da intrínseca. Plumas de algodão de sete estados (Mato Grosso, Bahia, Mato Grosso do Sul, Goiás, Ceara, Rio Grande do Norte e Paraíba) foram fornecidas pela empresa Coteminas S/A e de pequenos produtores. Foram obtidos 128 isolados fúngicos pertencentes a 16 gêneros (Aspergillus, Penicillium, Cladosporium, Colletotrichum, Paecilomyces, Fusarium, Scolecobasidium, Phomopsis, Phoma, Torula, Rhizopus, Periconia, Fusiocladium, Acremonium, Wallemia, Bipolaris). Desses 128 isolados analisados, 35 isolados fúngicos (27,35 %) apresentaram atividade de degradação da carboximetilcelulose. Os valores dos índices enzimáticos (IE) variaram de 1,05 a 2,75. Oito isolados com maiores IE foram reinoculados na fibra e armazenados e mensalmente amostras de 10 gramas em triplicata foram retiradas e suas características tecnológicas analisadas pelo aparelho High Volume Instrument (HVI). Com as análises de variância dos dados obtidos para as variáveis da fibra observou-se que houve significância estatística para a maioria das variáveis, em especial para comprimento médio, resistência, maturidade, índice de micronarie, refletância e grau de amarelo, que foi em nível de 5% de probabilidade. Para as características intrínsecas, comprimento médio, resistência, maturidade, índice micronarie, índice de fiabilidade a interação dos isolados e tempo foi significativa. Para as características extrínsecas da fibra, como reflectância e grau de amarelecimento houve modificações após a colonização fúngica sendo que o grau de amarelecimento aumentou e a reflectância diminuiu. Com os resultados obtidos conclui-se que fungos que contaminam a pluma do algodão possuem potencial celulolítico e sua colonização pode interferir nas características intrínsecas da fibra e consequentemente em sua qualidade. |