Ancoragem de antígenos virais na superfície celular de Saccharomyces cerevisiae

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: CAJUEIRO, Danielli Batista Bezerra
Orientador(a): SIMÕES, Diogo Ardaillon
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Ciencias Biologicas
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/47683
Resumo: A ancoragem de proteínas à superfície celular da levedura Saccharomyces cerevisiae pode ser empregada como forma alternativa de produzir proteínas heterólogas para diversos fins. Tal abordagem pode ser empregada no desenvolvimento de vacinas e imunoreagentes, uma vez que a exposição de proteínas na superfície da levedura se mostra uma ferramenta eficiente tanto para a apresentação de antígenos ao sistema imune, como também para a triagem de anticorpos. Neste trabalho, construímos linhagens recombinantes de S. cerevisiae para ancorar na superfície celular antígenos virais. Nessas linhagens, a proteína heteróloga está fusionada a uma proteína nativa da parede da levedura que funciona como âncora (a-aglutinina). Para isto utilizamos o kit comercial EBY100/pYD1, o qual utiliza um vetor episomal para realizar a expressão. O epítopo 2F5 do vírus da imunodeficiência humana (HIV) foi ancorado na superfície celular da levedura a fim de demonstrar o uso da ancoragem para a utilização em imunoreagentes. Este, por sua vez, demonstrou ter uma diferença significativa nos imunoensaios quando utilizado o anticorpo anti-2F5 para detecção do epítopo 2F5 ancorado na levedura, em comparação à levedura hospedeira. Além disto, foi possível comparar a expressão por dois sistemas de clonagem, epissomal (multicópia) e integrativa (monocópia), para obter a melhor detecção do oncogene E6 do Papilomavírus Humano (HPV). Como resultado foi possível observar que o uso de estratégias de clonagem multicópia parece ser a melhor escolha, pois através dos imunoensaios utilizando o anticorpo anti-E6 para detecção do antígeno E6 ancorada na superfície celular da levedura, observamos uma diferença significativa quando comparado à levedura hospedeira. As linhagens aqui construídas podem ser úteis em futuras estratégias para imunoreagentes e vacinais, sendo necessários estudos adicionais de análise da expressão e ancoragem dessas proteínas, bem como ensaios imunológicos para verificar suas propriedades imunogênicas.