Suscetibilidade a escorregamentos translacionais estruturada no AHP – Jaboatão dos Guararapes/PE

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: MENEZES JÚNIOR, Edmário Marques de
Orientador(a): SILVA, Osvaldo Girão da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Geografia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
AHP
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/51310
Resumo: Ambientes declivosos, recobertos por sedimentos inconsolidados submetidos a eventos pluviais concentrados, intensos e/ou recorrentes possibilitam ou intensificam a ocorrência de escorregamentos. A compreensão desse fenômeno morfodinâmico se altera quando há interferência antrópica, sobretudo nas áreas de expansão urbana sem ordenamento. Esse cenário é reportado na Regional 01 (Jaboatão Centro), inserida no município de Jaboatão dos Guararapes – Pernambuco (PE), localizando-se na porção centro-oeste da Região Metropolitana do Recife (RMR). Esta tese busca apresentar hierarquicamente a suscetibilidade aos escorregamentos translacionais a partir dos condicionantes identificados. A base metodológica se concentra no Analytic Hierarchy Process (AHP), a qual estrutura as análises qualitativas em bases quantitativas, culminando no índice de suscetibilidade aos escorregamentos. Sobre o processo morfodinâmico de deflagração e a intensidade do escorregamento, elencou-se cinco condicionantes (critérios): geologia, solo, cobertura e uso da terra, declividade e curvatura da encosta. O nivelamento da suscetibilidade ocorreu em duas etapas. A primeira decorreu da classificação dos atributos de cada critério. Nessa observou-se a concentração substancial dos níveis elevados de suscetibilidade entre os atributos pertencentes aos critérios de solo, uso e cobertura da terra e declividade. O solo reuniu 73,67% da área entre nível muito alto (44,34%) e o alto (29,33%). O critério de uso e cobertura da terra apresentou 73,84% concentrados no nível mais elevado de suscetibilidade. A declividade registrou 68,63% nos níveis mais críticos, dos quais 26,21% no nível muito alto e 42,71% no nível alto. Na segunda etapa, estruturada pelo AHP, foram avaliados os níveis de importância de forma pareada entre os condicionantes almejando a determinação do peso para a álgebra de mapas a qual determinou a suscetibilidade. Os resultados revelaram uma concentração de 91,8% entre os níveis alto (53,1%) e médio (38,7%). Ao analisar os pontos de campo, houve uma relação direta com o dado anterior, pois 88,71% concentraram-se entre os níveis médio (24,19%) e alto (64,52%). Por fim, os eventos realçaram-se em ambientes de geologia cristalina, representado pelo complexo rochoso Belém de São Francisco (90,32%), nos argissolos (85,48%), em áreas urbanas (79,03%) para a cobertura e uso da terra, em declividade de 20% a 45% (43,55%) e com curvatura retilínea- planar (32,26%).