Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Corrêa, Tiago Matheus |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/11212
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Resumo: |
A partir de uma metodologia cartográfica (DELEUZE e GUATARRI, 1995), baseada nos princípios de conhecimento situado da epistemologia feminista (HARAWAY, 1995), entendendo esse conhecimento como uma prática coletiva, narro o percurso da dissertação desde a inserção como pesquisador junto aos interlocutores do Fórum LGBT de Pernambuco até a efetivação de um campo-tema da pesquisa (SPINK, 1995): a Parada da Diversidade de Pernambuco. Elaboro assim a pergunta que fundamenta essa dissertação: como a Parada constitui um campo de ação política? A partir da noção de governamentalidade (FOUCAULT, 2008a, 2008b), entendo um campo de ação política como uma rede complexa de relações de poder, envolvendo elementos e agências capazes de formatar práticas governamentais que produzem sujeitos, instituições e condutas a serem reguladas. Elejo as Paradas do Orgulho Gay como ponto a partir do qual traço esse campo explorando suas primeiras manifestações no Brasil como parte da história do movimento LGBT. Realizo, ainda, uma breve análise crítica da produção científica que aborda esses eventos no país, problematizando a relação entre estética e política nas Paradas do Orgulho Gay, a partir das contribuições de DaMatta (1997) sobre o carnaval brasileiro. Na análise, a partir do registro das observações no cotidiano das reuniões preparatórias da Parada da Diversidade de Pernambuco, mapeio a construção de seu campo de ação política através de cinco eixos: 1) o sistema de diferenciações, problematizando o uso de categorias sexuais; 2) os tipos de objetivos, que colocam em jogo a conquista de direitos, a criação de aparatos estatais e a sustentabilidade do próprio campo; 3) as formas de institucionalização, que produzem uma hibridização precária entre militância, mercado e Estado; 4) as modalidades instrumentais, que colocam em funcionamento uma estética complexa, capaz de produzir a emergência de um determinado sujeito ou população LGBT; 5) os graus de racionalização, que operam uma abjeção do carnaval como modo legítimo do exercício da política. Finalizo questionando a os riscos e limites de estratégias de governo que tenham como horizonte o reconhecimento do Estado e sugerindo em seu lugar uma utopia carnavalesca, que assume o prazer como fundamento de sua prática. |