Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
CUNHA, Matheus Silva |
Orientador(a): |
MELO, Marcus Andre Barreto Campelo de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Ciencia Politica
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/38968
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Resumo: |
Quais são os determinantes da corrupção política? Este trabalho parte de (1) uma definição de corrupção enquanto o contrário de imparcialidade procedimental, (2) uma operacionalização de conceito voltada para a mensuração da dimensão comum entre práticas corruptas, (3) um embasamento teórico centrado na ideia de social traps, e (4) uma estratégia de identificação nova (na área) para testar os efeitos de níveis educacionais sobre a corrupção política. Melhorias educacionais aumentam caracterísiticas associadas a capital social, permitindo aos indivíduos cooperarem para a obtenção de equilíbrios superiores, em que todos adotem o comportamento não-corrupto por saberem que os demais farão o mesmo. A não-corrupção, por consequência, aumenta os retornos para investimentos sociais, levando à maior educação. Também se supõe que a mesma dinâmica funcione para a desigualdade de renda. Dada a natureza endógena da explicação, exploro um experimento histórico que ocorreu entre os séculos XVII e XX: a chegada (e permanência) de missões protestantes em diversos países do globo. Argumento que os protestantes disseminaram educação formal generalista, de modo que países “tratados” com missões possuem mais anos médios de educação formal por habitante do que aqueles “não- tratados”, cerca de 90 anos depois. Essa exogeneidade me permite usar as missões como instrumento para estimar efeitos de longoprazo da educação. Minha base de dados inclui cerca de 80 países distribuídos entre todas às regiões da Terra, com a exceção da Europa e da América do Norte. Meus resultados corroboram a hipótese para efeitos da educação, mas não para efeitos da desigualdade. As evidências são robustas à inclusão de outras variáveis tradicionalmente tidas como determinantes, além de baterias de instrumentos adicionais para reduzir preocupações de selfselection. Também investigo hipóteses alternativas, de que missões católicas tiveram efeito, ou que os missionários afetaram a corrupção através de desigualdade e democracia. Nenhuma delas se sustenta. |