“O que o sol faz com as flores?" : o trabalho coletivo como via da reabilitação psicossocial

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: SANTOS, Shirley Alves dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
UFPE
Brasil
Programa de Pos Graduacao em Sociologia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/39276
Resumo: Esta dissertação buscou analisar o papel do trabalho na reabilitação psicossocial, bem como, as ações que são desenvolvidas e sua relação com a Economia Solidária, através da percepção dos/as usuários/as, profissionais e gestores que participam do Projeto Geração de Renda (PGR) “Mentes que Fazem”, do município de Camaragibe/PE, selecionado como estudo de caso. Estudos anteriores têm mostrado que a prática da reabilitação psicossocial pela via do trabalho acaba se restringindo ao apaziguamento de sintomas que incomodam, sem construir outros caminhos possíveis. Autonomia é palavra até conhecida, mas será que, de fato, está no horizonte de cuidado dentro da saúde mental e nas relações sociais na lógica da economia solidária? A pesquisa teve como objetivo investigar os limites e possibilidades da reinserção social e a reabilitação psicossocial através do trabalho e geração de renda, na Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) do município de Camaragibe/PE. Do ponto de vista empírico, o estudo se insere nos pressupostos do método de pesquisa qualitativo e a coleta de dados deu-se através de entrevistas semiestruturadas que, depois de transcritas, foram examinadas com o uso do método de análise de conteúdo temática. Os resultados apontam para a importância do trabalho protegido, identificando-se nas falas dos/as entrevistados/as elementos importantes da ação, como por exemplo, as trocas sociais, produção coletiva realizada nas oficinas, construção do vínculo, aprendizagem coletiva, que passam a fazer relação do trabalho protegido exercido pela via do trabalho coletivo. Ou seja, o trabalho organizado socialmente de forma democrática possibilita que se criem condições sociais, políticas e econômicas, visando à inclusão social. Assim, com o trabalho coletivo será possível pensar ações e a organização dos respectivos projetos de geração de trabalho e renda, pautados na emancipação pela via da paridade participativa, em busca da democratização na proteção social.