Caracterização paleoclimática e paleoambiental do campo de dunas de Petrolina em Pernambuco: um subsídio para a reconstituição do submédio São Francisco

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: CABRAL, Cláudio José
Orientador(a): SILVA, Osvaldo Girão da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/10996
Resumo: Períodos mais secos durante o Pleistoceno e Holoceno permitiram a exposição de grandes quantidades de sedimentos, possibilitando a ação eólica e consequente deposição de lençóis de areia à margem esquerda do rio São Francisco, dispostos a Oeste/Sudoeste do município de Petrolina-PE, a uma distância de 5,5 quilômetros da sede municipal, com extensão total de 148 km2. O objetivo desta pesquisa é de caracterizar e identificar a gênese e evolução desses depósitos eólicos através de análises físicas e geocronológicas, visando contribuir com as interpretações acerca da origem e caracterização desses materiais. Na toposequência de uma duna foram realizadas coletas para análises sedimentológicas a cada 1m. As amostras referentes à geocronologia foram coletadas no topo, meio e base da duna, onde não foi possível visualizar nenhuma distinção deposicional, e na base de outra duna próxima à primeira, em um barranco oriundo da atividade de extração de areia. Os resultados forneceram evidências sedimentológicas e geocronológicas que permitiram identificar que os grãos apresentam um bom grau de seleção, uma vez que todas as amostras apresentam frações com percentuais acima de 80% de areia muito fina a fina, com distribuição bastante assimétrica, esfericidade sub-discoidal predominante, grau de arredondamento do tipo sub-arredondado a arredondado, com brilho transparente e opaco. As idades obtidas pelo método LOE comprovam intensa dinâmica eólica na área de estudo desde 30 mil anos até 165 anos AP. Os corpos arenosos de Petrolina foram formados em períodos mais secos durante o Quaternário, apresentado estreita relação com fenômenos ligados a eventos glaciais e interglaciais de escala global e a El Niños de longa duração, em escala regional.