Novas tecnologias para a otimização da eclosão, produção de cistos e biomassa de Dendrocephalus brasilienses (Pesta, 1921)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: SANTOS, Leila Laise Souza
Orientador(a): BEZERRA, Ranilson de Souza
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Ciencias Biologicas
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/37643
Resumo: O microcrustáceo Dendrocephalus brasiliensis, conhecido popularmente como branchoneta, apresenta rápido crescimento, podendo contribuir para inserção na alimentação de organismos aquáticos na forma viva, inerte ou adicionada na formulação de rações, apresentando perfil bioquímico com potencial nutricional para aquicultura. Entretanto, a falta de conhecimento, quando se fala na eficiência de eclosão e sobrevivência, consolidação da cadeia produtiva e sanidade fazem com que o cultivo de branchoneta D. brasiliensis não seja praticado dentre os produtores de organismos aquáticos. Assim, o objetivo deste trabalho foi desenvolver tecnologia para a produção de biomassa e cistos da branchoneta, fornecendo subsídios científicos e tecnológicos para a aplicação deste microcrustáceo na aquicultura. No Capítulo I, foi avaliado a ação enzimática da quitinase em diferentes concentrações e o seu efeito associado ao hidróxido de cálcio e ácido ascórbico na eclosão de cistos de branchoneta. Os resultados mostraram que o uso de quitinase aumenta a taxa de eclosão, que é intensificada com a adição de hidróxido de cálcio e ácido ascórbico alcançando 96%. No Capítulo II, foi avaliado o desempenho zootécnico e reprodutivo a partir da padronização do grau de melanização em branchoneta com o uso de probiótico. O Experimento consistiu no Tratamento EM, em que as branchoneras foram alimentadas com a espécie de microalga Scenedesmus quadricauda (2x10⁵ cel.mL⁻¹), Tratamento EMP com S. quadricauda (2x10⁵ cel.mL⁻¹) e probiótico comercial (0,2g/m³) e Tratamento EME com S. quadricauda (1x10⁵ cel.mL⁻¹) e Ração comercial a base de probiótico e Vpak® (aumenta a resistência a doenças) (1,5mL/dia). Os resultados demonstraram a presença de melanose nas branchonetas apenas no Tratamento EM, e ausência nos demais, indicando que o uso de probiótico proporcionou melhor sanidade e desempenho reprodutivo da branchoneta. No Capítulo III, foi avaliado o desempenho zootécnico da branchoneta em diferentes densidades de estocagem, propondo uma metodologia de produção sustentável utilizando um sistema com reuso de água. Os tratamentos consistiram na inoculação de 1g, 2g e 3g de cistos de branchoneta em caixas de 1000 litros com alimentação de microalga Scenedesmus quadricauda e uso de probiótico. Ao final de 60 dias foi verificada a sustentabilidade do sistema a partir do reuso de água e diminuição de descarte de matéria orgânica no meio ambiente. Os resultados mostraram que a produção de biomassa e cistos de branchoneta aumenta em função da inoculação de cistos quando inoculados até 3g/1000L chegando a uma produção de 180,15g e 7,83g de biomassa e cistos, respectivamente ao final de 30 dias de cultivo. A qualidade nutricional e a produtividade obtida neste sistema pode viabilizar o uso desta espécie como alimento vivo durante a engorda de peixes e camarões, além de possibilitar a comercialização de biomassa e cistos.