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Câncer de colo uterino em Pernambuco: evidências sobre rastreamento e mortalidade entre o período pré COVID19 e pandêmico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: ARARUNA, Gilmara Gomes de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
UFPE
Brasil
Programa de Pos Graduacao em Gestao e Economia da Saude
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/62738
Resumo: Considerado um grande problema de saúde pública, o câncer do colo do útero (CCU) é a quarta neoplasia mais comum entre as mulheres brasileiras. As alterações desse tipo de câncer são descobertas facilmente no exame Papanicolau e é preconizado para mulheres entre 25 e 64 anos de idade. A Atenção Primária à Saúde (APS) oferece recursos necessários para a prevenção dessa neoplasia. Com o advento da pandemia da Covid-19, bem como, das medidas restritivas como o isolamento social, o exame teve sua coleta postergada. Nesse sentido, o objetivo do estudo foi avaliar a cobertura do citopatológico e mortalidade por câncer de colo uterino em Pernambuco antes e durante o período pandêmico. Trata-se de uma pesquisa tipo transversal e retrospectiva, utilizando dados obtidos em fonte secundária, realizada no Estado de Pernambuco, com informações referentes ao período de 2014 a 2022. Com base nos resultados encontrados, fica evidente que o período pandêmico teve um impacto significativo no rastreamento de CCU em Pernambuco, com a redução no número de exames de Papanicolau, sendo a queda mais acentuada no ano de 2020 (em torno de 37,5%). A partir de 2021 houve um aumento na realização dos exames (cerca de 33%, comparado ao volume de exames de 2020), que pode ser justificado pela flexibilização das medidas restritivas e pela maior cobertura vacinal para Covid-19. A identificação dos grupos de tratamento e controle foi determinada com base na cobertura do Programa de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ). Municípios que alcançaram 100% de cobertura do PMAQ foram designados como tratados, enquanto os demais foram agrupados como controle A trajetória desses efeitos sobre a taxa de mortalidade por câncer do colo do útero em mulheres de 25 a 64 anos em Pernambuco, analisada através do modelo de diferenças em diferenças (Diff-in-Diff), indicam um efeito na redução da mortalidade por câncer do colo do útero ao longo dos três anos analisados. A diminuição contínua e significativa da taxa de mortalidade sugere que os municípios que já tinham uma boa cobertura da Estratégia de Saúde da Família, com 100% de adesão ao PMAQ, após os choques de intervenção, apresentaram uma menor mortalidade por CCU. Conclui-se que de forma geral os resultados do estudo apontam que a maior adesão ao PMAQ trouxe resultados positivos frente a choques exógenos, comparativamente àqueles municípios que não tiveram uma maior adesão.