Acurácia da citologia oncológica para detecção de lesões em colo uterino

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Barreto, Suéle Araújo Frota
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/120973
Resumo: O rastreio populacional de câncer de colo uterino é realizado no Brasil com a coleta do exame citopatológico do colo uterino, popularmente conhecido como exame de Papanicolaou. No entanto há mais de três décadas a mortalidade por câncer de colo uterino no Brasil não tem decréscimo. Este fato pode ser devido à baixa sensibilidade da citologia na detecção de lesões em colo uterino. Este estudo tem como objetivo avaliar o exame citopatológico do colo uterino como preditor de lesões em colo uterino, através da comparação com o exame histopatológico (padrão-ouro). Trata-se de estudo retrospectivo de prontuários de pacientes atendidas no serviço de ginecologia do Hospital Municipal João Elísio de Holanda, no município de Maracanaú ¿ Ceará e que foram submetidas à colposcopia com biópsia, entre julho de 2012 e fevereiro de 2019. Os resultados histopatológicos e citológicos foram comparados. Foram revisados os prontuários de 790 mulheres com uma média de idade de 42,23 anos. A média do número de partos foi de 1,98, sendo que 80,2 nasceram através de parto vaginal. Para as 37 pacientes que apresentaram biópsia confirmando Lesão de Alto Grau ou câncer, a média de idade foi de 37,30 anos. A paridade média nestas pacientes foi de 2,2 filhos, sendo que 88,75% nasceram através de parto vaginal e 11,25% nasceram através de cesariana. Para as 59 pacientes que apresentaram biópsia confirmando Lesão Intraepitelial de Baixo Grau, a média de idade foi de 35,2 anos e a paridade média nestas pacientes foi de 1,7 filhos, sendo que 77,45% nasceram através de parto vaginal e 22,55% nasceram através de cesariana. A sensibilidade da citologia para detecção de lesões em colo uterino, incluindo-se NIC 1 foi de 50,00% e a especificidade foi de 73,20%. A sensibilidade da citologia para detecção de lesões de alto grau ou câncer em colo uterino foi de 81,08% e a especificidade foi de 71,79%. As idades das pacientes na época do diagnóstico de NIC 1(35,2 anos) e NIC 2+ (37,3 anos) não apresentou diferença estatisticamente significante. Nas pacientes com lesões mais graves (NIC 2+), a taxa de partos abdominais foi baixa, principalmente quando consideramos aquelas que apenas tiveram partos via abdominal (5,41%). Os diagnósticos que mais geraram referenciamento para a atenção secundária foram relacionados à suspeita de lesão em colo uterino (39,37%). A sensibilidade da citologia oncológica para detecção de lesões em colo uterino em nossa amostra foi baixa para detecção de lesões em colo uterino incluindo-se Lesões Intraepiteliais de Baixo Grau, tendo um resultado melhor na detecção de Lesões Intraepiteliais de Alto Grau ou Câncer. O coeficiente Kappa mostrou um índice de concordância entre citologia e histopatologia apenas razoável considerando os grupos NIC 1+ e NIC 2+. Palavras-Chave: Neoplasias do Colo do Útero; Papillomaviridae; Teste de Papanicolaou.