Fatores preditivos da perda de seguimento de pacientes submetidos à cirurgia bariátrica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: BELO, Giselle de Queiroz Menezes Batista
Orientador(a): FERRAZ, Álvaro Antônio Bandeira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Cirurgia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/29714
Resumo: Considerado um grave problema mundial de saúde, a obesidade atinge cerca de 13% da população mundial adulta. No Brasil, 17,0% são obesos. A cirurgia bariátrica está indicada como alternativa estratégica na população com obesidade severa, para a remissão ou melhora das comorbidades, da qualidade e expectativa de vida. No entanto, um acompanhamento médico e multiprofissional é de suma importância. A taxa da perda de seguimento pós-operatória permanece alta, principalmente após o primeiro ano. O objetivo foi identificar os fatores preditivos da perda de seguimento de pacientes submetidos à derivação gástrica em Y de Roux (DGYR) e gastrectomia vertical (GV) num período de 48 meses. Estudo de coorte, retrospectivo, envolvendo372 pacientes submetidos a DGYR e 187 pacientes a GV, no período de janeiro de 2010 a dezembro de 2012. Foram analisadas as variáveis, entre elas: biológicas, socioeconômicas, antropométricas, clínicas, cirúrgicas e comparadas à perda de seguimento. O desfecho foi avaliado no 1º, 3º, 12º, 24º, 36º e 48º meses após o tratamento cirúrgico. Os pacientes que apresentaram três ou mais faltas às consultas ambulatoriais, foram classificados no grupo de perda de seguimento. Após avaliação de 559 pacientes, verificou-se, grande redução na frequência às consultas a partir do 2º ano (43,8%) do pós-operatório com uma perda significativa no 4º ano (70,8%). Na análise univariada, apenas a variável excesso de peso esteve associada à perda de seguimento. A proporção de excesso de peso (>49,95kg) foi maior no grupo de seguimento com maior perda (>3) (p=0, 025). No modelo de regressão logística, os pacientes expostos a um maior excesso de peso (>49,95kg) apresentavam um risco duas vezes maior para perda de seguimento (> 3 perdas) (OR=2,04; 1,15-3,62; p=0,015). O etilismo não mostrou associação (p>0,05). Na análise univariada realizada no 48º mês do seguimento pós-operatório, apenas a variável mesorregião de procedência esteve associada à perda de seguimento (p=0,012). Houve uma perda de seguimento progressiva dos pacientes nas consultas médico-cirúrgicas a partir do segundo ano pós-operatório. Entre os fatores analisados, apenas a variável excesso de peso maior do que 49,95kg no pré-operatório esteve associada à perda de seguimento médico-cirúrgico. No 48º mês do pós-operatório de cirurgia bariátrica houve uma maior prevalência de perda de seguimento médico-cirúrgico para os pacientes residentes fora do perímetro da cidade do Recife.