Na cor da pele, o negro: conceitos, regras, compadrio e sociedade escravista na Vila do Recife (1790-1810)
Ano de defesa: | 2014 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Historia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/17970 |
Resumo: | A presente pesquisa busca compreender a sociedade colonial a partir da gente de cor, um grupo composto por homens e mulheres demarcados como cabras, crioulos, pardos, pretos, negros e também o africano, uma gente que tinha ascendência com o universo cativo e por mais longínqua que esta fosse, carregavam na cor da pele as marcas da escravidão. Nossa documentação tem por base os registros de batismo da freguesia do Santíssimo Sacramento de Santo Antônio do Recife no final do século XVIII, que são associados a outras fontes manuscritas, cronistas, a legislação da época e a historiografia, uma junção que nos possibilita uma melhor análise dos dados coletados. Entre os apontamentos destacamos a necessidade de compreender quem eram as pessoas de cor na sociedade em tela, os conceitos que emergem através dos dicionários e cronistas são a possibilidade que encontramos em nossa narrativa. A partir disso o emaranhado social começa a ser desvendado com o conhecimento das suas regras e conceitos quando estudamos os batismos ocorridos. Foi possível identificar a ocorrência de batismos coletivos de africanos, a presença de parteiras e o papel dos padrinhos das crianças expostas, todo este cenário composto por pessoas de várias origens, que conviviam cotidianamente com os processos de trocas ocasionados pelas mestiçagens culturais e biológicas que se processaram na colônia. Os principais resultados apontam para a existência de um processo que denominamos de pardialização, no qual encontramos os homens e mulheres classificados como pardos possuindo as melhores condições dentro da sociedade escravista, seja no acesso as alforrias ou aos padrinhos livres. Essa gente vivia cotidianamente com estratégias sociais para garantir sobrevivência, angariar recursos e afastar do seu caminho um passado que remetia ao cativeiro expresso pela tez. |