Assentamento e recrutamento do Bentos, com ênfase em corais, nos ambientes recifais de Tamandaré
Ano de defesa: | 2016 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Oceanografia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/18410 |
Resumo: | Conhecer os primeiros estágios do ciclo de vida dos organismos que representam a base da estrutura recifal, são fundamentais para o entendimento dos fatores que contribuem para a dinâmica populacional em ambientes recifais. O objetivo principal dessa pesquisa foi avaliar o efeito de 17 anos de proibição de pesca e atividade turísticas, nos processos de assentamento e recrutamento de corais e outros organismos bentônicos em Tamandaré, PE. Seiscentos e sessenta e duas placas de cerâmica foram utilizadas como substratos artificiais para avaliar o recrutamento de organismos bentônicos, sendo 336 distribuídas na área fechada de Tamandaré, e 336 distribuídas em quatro recifes da área aberta. Mensalmente, 48 placas foram postas nos ambientes recifais entre outubro de 2014 à julho de 2015 permanecendo imersas por três meses antes de serem analisadas. As superfícies superiores e inferiores de cada placa foram fotografadas e depois analisadas em lupa estereoscópica para o levantamento qualitativo e quantitativo dos organismos bentônicos. Vinte e quatro placas foram colocadas no recife da Ilha da Barra (área fechada) em agosto de 2014 e retiradas em julho de 2015, inicialmente com o objetivo de amostragem piloto, mas depois serviram de experimento para verificar o recrutamento anual de organismos bentônicos da área fechada de Tamandaré. Dados estatísticos foram verificados através da Análise de Variância (ANOVA) no programa Statview 5.0. Para cada recruta de coral, a preferência de assentamento na parte superior e inferior de cada placa e o posicionamento de borda e centro foram registrados e não havendo diferenças significativas entre os respectivos fatores. O maior recrutamento de corais foi encontrado no recife da Ilha da Barra (área fechada), possuindo 2,6 vezes mais recrutas do que nos recifes da área aberta, tendo o maior período de assentamento nos meses do verão. 64,84% do tamanho dos recrutas de corais, mediam entre 1 e 2mm de diâmetro com aproximadamente três meses de imersão de placas, porém não houve diferenças significativas para o crescimento dos corais à medida que mudava o período sazonal. Neste trabalho também foi verificada a densidade média de recrutas de anelídeos, crustáceos, moluscos, equinodermas, poríferas e tunicatos. Foi registrada pela primeira vez para o litoral de Tamandaré, a ascídia Didemmnum psammatodes. A estimativa da cobertura viva e substrato foram analisados, possuindo as algas turf, a maior porcentagem de cobertura viva na amostragem sobreposta, e as algas calcárias maior cobertura viva na amostragem anual. Este estudo fornece evidências de que reservas marinhas podem incentivar a recuperação dos ambientes recifais que foram degradados, o que, por sua vez, pode criar uma série de benefícios no aumento da biomassa de organismos bentônicos e no restabelecimento do ecossistema recifal. |