Recrutamento de corais no recife da Ilha da Barra Tamandaré- PE

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Ramos Pinheiro, Barbara
Orientador(a): Maida, Mauro
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/8651
Resumo: Estudos relacionados ao assentamento e recrutamento de corais têm sido de grande importância para a compreensão e elucidação dos diversos fatores atuantes na estruturação inicial de uma comunidade recifal. O presente estudo se propõe a, por meio da utilização de substratos artificiais confeccionados com azulejos de cerâmica e orientados verticalmente, determinar o padrão de assentamento, a taxa de mortalidade e de crescimento dos recrutas de corais do recife da Ilha da Barra. Duzentas placas foram distribuídas no entorno de uma das piscinas da Ilha da Barra em agosto de 2004. Mensalmente, durante todo o ano de 2005, e em janeiro de 2006, oitenta placas eram coletadas (com exceção de janeiro, dezembro de 2005 e janeiro de 2006, com 40, 76 e 72 placas, respectivamente) e trazidas para o laboratório, mantidas em tanques com aeração e circulação constante pelo período necessário para a análise ao estereomicroscópio e, em seguida, retornavam para a Ilha da Barra. A presença de corais, hidrocorais, vermetídeos, serpulídeos, cirripédios e briozoários foi investigada. O crescimento, a posição e a sobrevivência dos recrutas de corais também foram analisados. O assentamento de corais foi aparentemente dominado por espécies incubadoras e ocorreu preferencialmente durante o verão. A inclinação do substrato oferecido e a forma como essas placas estavam dispostas proporcionaram uma boa distribuição da intensidade luminosa, confirmada pela ausência de um efeito de borda . Esse foi o primeiro estudo que acompanhou o crescimento dos recrutas das espécies Favia gravida e Siderastrea stellata (endêmicas brasileiras) durante o primeiro ano de vida, com taxas médias de crescimento de 20,42 mm e 11,27mm respectivamente. A diferença entre as taxas obtidas provavelmente foi decorrente da variação taxonômica entre essas espécies. Os cirripédios apresentaram uma evidente preferência de recrutamento a partir do início da estação chuvosa, mas nenhum padrão sazonal foi evidenciado para os poliquetas serpulídeos. Já os vermetídeos apresentaram uma densidade média crescente ao longo dos meses de estudo, indicando que eles devem ter um recrutamento constante durante o ano e que esses organismos continuam contribuindo ativamente com as construções recifais de Tamandaré