Exportações agrícolas, acumulação de capital humano e mercado de trabalho : evidências empíricas para o Brasil entre 2002 e 2015

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: BARROS, Luiza Luana de
Orientador(a): FERREIRA, Monaliza de Oliveira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Economia / Centro Academico do Agreste
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/48742
Resumo: O objetivo geral do trabalho consiste em avaliar as relações empíricas de causalidade entre as exportações agrícolas, a acumulação de capital humano e o mercado de trabalho a partir de dados estaduais anuais referentes ao período de 2002 a 2015. Para tal, foram realizados dois ensaios para: (i) examinar os efeitos das exportações de bens primários na acumulação de capital humano e (ii) investigar o efeito das exportações agrícolas no mercado de trabalho agrícola e não agrícola, ambos utilizando o Método de Variáveis Instrumentais. Os principais dados utilizados foram coletados a partir da Secretaria de Exportação do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), do Instituto Nacional de Meteorologia por meio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (INMET) e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Como resultado, a partir do primeiro ensaio foi possível observar que as exportações de bens primários têm uma relação negativa com a educação brasileira. Quanto ao segundo ensaio, os principais resultados revelaram que a exposição à exportação agrícola expandiu o emprego agrícola, demonstrando ser um fator a ser considerado para impulsionar a renda rural. Todavia, houve um efeito negativo dessa exposição sobre o nível de empregos não agrícolas. Logo, o crescimento das exportações agrícolas alimenta o próprio setor, sem gerar uma difusão positiva e significativa para os demais, provocando um estímulo a não industrialização. Dessa forma, as exportações primárias podem ter se comportar como um fator de retrocesso ao desenvolvimento brasileiro.