“A obrigação de produzir aliena a paixão de criar” : sentidos de lazer por jovens universitários

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: ARRUDA, Thaíris Ferreira de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
UFPE
Brasil
Programa de Pos Graduacao em Psicologia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/33955
Resumo: Objetivou-se, nesta pesquisa, compreender sentidos de lazer compartilhados por jovens universitários atuantes em uma política estudantil, acreditando na universidade como um lugar potencial para o desenvolvimento de interações sociais e efetivação de distintas práticas culturais. Atribuímos valor à dimensão ativa e histórica do desenvolvimento psicológico do jovem, concebendo-o como sujeito situado em uma relação dialética com a cultura, como proposto pela epistemologia histórico cultural de Vygotsky. A base teóricometodológica da Teoria das Representações Sociais foi relevante, por ser um importante campo na Psicologia Social. Estudou-se as práticas de lazer juvenis, viabilizadoras de relações significativas e espaços de construção de projetos existenciais, o que transforma as realidades cotidianas. A natureza da pesquisa qualitativa e exploratória dividiu os procedimentos metodológicos em uma primeira etapa documental, que teve como intuito a análise de documentos e informações mais detalhadas sobre as políticas de lazer da cidade do Recife/PE e da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE); e uma segunda etapa, com a realização de um grupo focal com oito jovens atuantes em uma política estudantil da UFPE. O procedimento de análise focou núcleos de significação e os resultados apontaram, na análise documental, a necessidade de ampliação dos espaços públicos de lazer; no grupo focal, o lazer emergiu como ‘necessidade’ e ‘obrigação’ cotidiana dos jovens, ao ser associado à saúde mental e à qualidade de vida. Essa ‘obrigação’ de experimentar lazer no espaço público se deve à atual cultura de consumo do lazer e exclui os jovens pobres dessa experiência. Os interlocutores narraram, ainda, a incipiência de espaços voltados às práticas sociais e lúdicas dos jovens universitários no âmbito interno da universidade e destacaram a pressão do contexto acadêmico pelo desempenho, o que inviabiliza o lazer e/ou leva a sentimentos de culpa, quando vivido.