Estado de conservação das nascentes do alto trecho do Rio Pajeú, Pernambuco, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Ribeiro, Aluisio Sales
Orientador(a): Rodrigues, Gilberto Gonçalves
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/12333
Resumo: A conservação das nascentes em regiões semiáridas é essencial para o suprimento das necessidades fundamentais humanas e animais, bem como para o desenvolvimento das atividades socioeconômicas, visto que essas regiões apresentam condições de estiagem e déficit hídrico durante a maior parte do ano. No semiárido nordestino além das características ecológicas, os fatores socioambientais atuam diretamente na alteração do estado de conservação das nascentes. Nesse contexto enquadra-se a bacia hidrográfica do Rio Pajeú, a maior bacia do Estado de Pernambuco, onde a escassez de água associada às condições ambientais locais determina um cenário caracterizado por populações rurais com limitadas possibilidades de produção e suscetíveis a conflitos sobre o uso e ocupação das terras, o que acarreta uma forte pressão da agricultura e pecuária na degradação ambiental. Diante dessa problemática o objetivo geral da pesquisa foi avaliar o estado de conservação de seis nascentes do Alto Trecho do Rio Pajeú a partir da determinação de índices ecológicos e socioambiental. O método que norteou a pesquisa foi o empírico-analítico, com abordagens quantitativas, qualitativas e estudo etnoecológico. Foram realizadas pesquisa bibliográfica, seleção de informantes-chave, visitas de campo guiadas, observação direta, elaboração participativa de materiais cartográficos, aplicação de entrevistas semiestruturadas, coleta in situ de dados biológicos, físicos e químicos e a análises em laboratório. Os resultados demonstraram que as seis nascentes estudadas apresentaram estado de conservação entre perturbada e conservada para os dois índices propostos, não sendo classificadas como degradadas. As nascentes do Afluente do Riacho da Volta, do Riacho da Colônia e do Riacho da Malhada foram classificadas como conservadas em relação ao índice ecológico, enquanto que as nascentes do Riacho da Volta, a nascente principal do Rio Pajeú e as nascentes do Riacho da Chinela apresentaram o status de perturbadas. Em relação ao índice socioambiental apenas as nascentes do Riacho da Volta e do seu afluente foram classificadas como conservadas enquanto as outras quatro nascentes foram consideradas perturbadas. A comparação entre os dois índices demonstrou que as nascentes do Riacho da Malhada (Quixaba), Riacho da Colônia (Carnaíba), Rio Pajeú (Brejinho) e Riacho da Chinela (Carnaíba) tiveram maior influencia das condicionantes ecológicas no seu estado de conservação, enquanto que na conservação das nascentes do Riacho da Volta (Monte Alegre e Assentamento Mata Verde) as ações humanas interferem mais no estado de conservação. Conclui-se que a metodologia proposta para avaliação das nascentes mostrou-se eficiente e aplicável às características ambientais do semiárido.