Ontogênese de representações sociais de família em crianças de quatro e seis anos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: SANTOS, Carina Pessoa
Orientador(a): PEDROSA, Maria Isabel Patrício de Carvalho
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Psicologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/14964
Resumo: Esta tese tem como objetivo perscrutar a ontogênese de representações sociais sobre família em crianças entre quatro e seis anos de idade. Especificamente: analisar a construção das representações sociais de família em crianças de quatro a seis anos; identificar, nas estratégias de elaboração das significações de família, valores, conflitos, tensões e crenças que possam estar na base dos processos de ancoragem e objetivação destas representações; e desenvolver proposta metodológica para o estudo da ontogênese de representações sociais em crianças pequenas, fundamentada na perspectiva interacionista;. Trata-se de pesquisa desenvolvida na interface entre a Psicologia Social e a Psicologia do Desenvolvimento, compreendendo-se que, no estudo da ontogênese de representações sociais, a atenção deve ser colocada sobre a criança como um sujeito em desenvolvimento; e sobre o desenvolvimento como processo biologicamente social. Diante desses aspectos, foi elaborado o método das oficinas de teatro sobre família, que consistiu em convidar grupos de quatro crianças para planejarem e encenarem um teatro sobre família. Participaram da pesquisa 28 crianças matriculadas em dois Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs) localizados na região metropolitana do Recife, sendo 12 meninos e 16 meninas, com idades variando entre quatro anos e oito meses; e seis anos e sete meses. Estes foram organizados em sete grupos, respeitando-se suas idades, a qualidade de seus relacionamentos e, sempre que possível, a mesma quantidade de meninos e de meninas por grupo. Assim, formaram-se três grupos no CMEI 1 e quatro grupos no CMEI 2. As oficinas totalizaram 4 horas 56 minutos e 28 segundos e foram videogravadas e submetidas a uma análise qualitativa de episódios interacionais. Após a identificação dos episódios, eles foram nomeados de acordo com o seu conteúdo e tomados como base para uma análise que procurou realçar processos subjacentes à ontogênese de representações sociais em crianças pequenas. Assim, a análise microgenética dos dados fundamentou, inicialmente, uma reflexão crítica ao método das oficinas de teatro sobre família, destacando suas possibilidades e limites. Posteriormente, ela permitiu adentrar o exame do processo constitutivo da ontogênese das representações sociais de família com destaque à imaginação da criança como ferramenta incitadora de suas reflexões sobre a realidade, realce ao processo produtivo-reprodutivo de apropriação cultural e, ainda, com saliência à construção dos processos de objetivação e de ancoragem dessas representações sociais. Por fim, apresenta-se uma breve discussão acerca da polifasia cognitiva e a imaginação.